Banca de DEFESA: TAIRONE LIMA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TAIRONE LIMA DE SOUSA
DATA : 08/06/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Multimeios I
TÍTULO:

GASTON BACHELARD E A EDUCAÇÃO


PALAVRAS-CHAVES:

Gaston Bachelard; formação; pedagogia científica; intersubjetividade.


PÁGINAS: 219
RESUMO:

O presente trabalho tem como desígnio investigar contribuições da epistemologia de Gaston Bachelard para o campo da educação, destacando a ideia de uma pedagogia científica no ensino como fundamento para o desenvolvimento e a formação de um novo espírito científico, contrapondo-se às formas tradicionais de ensino. Esta pesquisa é de natureza teórica sobre a obra do filósofo francês e parte do pressuposto de que a epistemologia de Gaston Bachelard tem um “fundo pedagógico” ainda pouco explorado, expresso quando o autor destaca o “aspecto pedagógico” que as noções científicas carregam. Buscamos destacar, inicialmente, aspectos do pensamento bachelardiano situando-o dentro do contexto acadêmico-filosófico francês para, logo após, investigar os principais conceitos oriundos da sua epistemologia. Em particular, abordamos as noções bachelardianas de racionalismo aplicado, racionalismos regionais e racionalismo integrante, obstáculos epistemológicos, perfil epistemológico, filosofia do não, além do caráter coletivo da atividade científica e aspectos do papel da imaginação. Em seguida, discutimos e analisamos as contribuições do pensamento de Gaston Bachelard para o campo da educação visando clarear o porquê da necessidade de uma pedagogia nova no ensino, por ele defendida. A epistemologia de Gaston Bachelard critica as formas tradicionais de ensino ao entender a educação com o sentido de formação, defendendo uma formação permanente dos sujeitos. Esse sentido de formação, no pensamento bachelardiano, percorre as duas vertentes da sua obra – a científica e a poética – ressaltando a impreterível necessidade da vivência do real e do irreal para a formação do sujeito. É por um processo copioso de desiludir-se, retificar os erros e afastar os obstáculos que Bachelard entende a formação permanente do homem, que nunca se apresenta a priori objetivo, mas com um passado de erros retificados. Destacamos, também, a importância de uma relação intersubjetiva no ensino, a partir da qual uma pedagogia do resultado e do aforismo deve ceder lugar a uma pedagogia do diálogo e da formação, caminhando-se para o inverter das dialéticas: quem é ensinado deve ensinar. Outro aspecto evidenciado foi a possível relação entre os racionalismos regionais e as discussões no campo da interdisciplinaridade escolar que, na forma como a entendemos neste trabalho, “preserva”, de certa forma, o campo epistemológico de cada área, mas procurando a congruência e o diálogo mais próximo possível com as outras disciplinas a fim de buscar não se desprender da complexa realidade à qual os sujeitos estão inseridos. Com efeito, a pedagogia científica bachelardiana alberga os pressupostos de sua epistemologia, pois o autor, ao se preocupar com os fundamentos e os requisitos para o desenvolvimento do espírito científico, vai combater as formas tradicionais do ensino cultivando o desejo de construir no ensino o desenvolvimento de uma pedagogia nova, científica ou, como a entendemos neste trabalho, de uma pedagogia da formação.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1451196 - ANDRE FERRER PINTO MARTINS
Externo à Instituição - ISAIAS BATISTA DE LIMA - UECE
Interno - 282.302.644-49 - JOSINEIDE SILVEIRA DE OLIVEIRA - UERN
Externo à Instituição - MARCOS PIRES LEODORO - UFSCAR
Interno - 347048 - MARIA DA CONCEICAO XAVIER DE ALMEIDA
Notícia cadastrada em: 29/05/2018 10:16
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