Banca de DEFESA: MONICA MARIA GADELHA DE SOUZA GASPAR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MONICA MARIA GADELHA DE SOUZA GASPAR
DATA: 21/02/2014
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferencia
TÍTULO:

Acompanhamento do Memorial de Formação: entre formar e formar-se


PALAVRAS-CHAVES:

Acompanhamento. Memoriais de formação. Formação de professores. Experiência. Aprendizagem


PÁGINAS: 238
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
RESUMO:

A tese tem como objeto de estudo o acompanhamento da escrita de memoriais de formação, elaborados como trabalho de conclusão do curso de graduação em Pedagogia (PROGRAPE). A pesquisa organizou-se em torno das seguintes questões norteadoras: Como se entrecruzam experiência profissional das professoras-formadoras e suas práticas de acompanhamento da escrita dos memoriais; Quais as inquietações das professoras e alunas sobre o processo de biografização? Que procedimentos possibilitam o acompanhamento dos memoriais de formação sem perder de vista sua dimensão formadora? O pressuposto que embasa esta investigação baseia-se na compreensão de que acompanhamento da escrita do memorial de formação constitui-se das dimensões de ensinar e aprender ao longo de um processo de coinvestimento nas práticas de orientação em grupo. Participaram da pesquisa duas professoras-formadoras e um grupo de sete alunas -formandas. Como fontes de pesquisa foram utilizados: dois ensaios autobiográficos escritos pelas professoras-formadoras e seus diários de acompanhamento das alunas elaborados durante o ano letivo de 2011; a transcrição da interação entre as professoras-formadoras e a pesquisadora em dois grupos reflexivos, realizados para a discussão e o aprofundamento das questões orientadoras da pesquisa. Do ponto de vista conceitual, quatro categorias teóricas fundamentaram as análises: (i) a noção de experiência, compreendida como auto(trans)formadora da pessoa que narra e faz uma reflexão sobre a própria experiência (LARROSA, 2002, 2004, 2010; JOSSO 2010, 2012); (ii) aprendizagem, que resulta do trabalho de escrita para dar sentido à experiência vivida (CHARLOT, 2000, 2001, 2008; JOSSO, 2004, 2010, 2012) e (iii) identidade, que é (re)construída durante o processo de biografização, na interação social com o outro (NÓVOA, 1992; DUBAR, 1997; LAW, 2001; PIMENTA 1997). A análise dos dados revela a importância do trabalho no grupo reflexivo com as professoras-formadoras fortalecendo, por um lado, a dinâmica do coinvestimento biográfico para o desenvolvimento da compreensão delas mesmas e de sua identidade docente e, por outro lado, para que saíssem de uma visão individual de acompanhamento e adotassem uma prática coletiva mais profícua para o processo de biografização. Observou-se, ainda, que experiências, saberes e práticas profissionais entrecruzam-se na dimensão do cuidar do outro e repercutem para além das injunções institucionais às quais devem responder um memorial de formação. Os registros realizados nos diários pelas professoras-formadoras sobre a prática do acompanhamento oportunizaram reflexão, reorientação e avaliação no percurso de escrita de cada aluna, ao tempo em que apontaram para as possibilidades da continuidade da formação das professoras-formadoras. Conclui-se que as dimensões da autoformação, heteroformação e ecoformação estão imbricadas no acompanhamento do processo de biografização e confirmam que o acompanhamento é uma prática de aprendizagens mútuas e complexas que põe em diálogo a subjetividade das pessoas envolvidas, sem deixar de atentar para os elementos contextuais e institucionais nos quais estão inseridos. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 7346845 - MARIA DA CONCEICAO FERRER BOTELHO SGADARI PASSEGGI
Notícia cadastrada em: 19/02/2014 15:34
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