A IMAGINAÇÃO NO PODER: PRÁTICAS DO PCB NO MOVIMENTO UNIVERSITÁRIO A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DOS JOVENS REVOLUCIONÁRIOS (1964-1968)
Comunismo; Movimento Estudantil; Ditadura Civil-Militar.
A presente pesquisa busca analisar a prática da linha política adotada, a partir de 1958, pelo Partido Comunista Brasileiro, que privilegiava a luta democrática, no Movimento Estudantil Universitário brasileiro, após o Golpe Civil-Militar entre os anos de 1964-1968. Para tanto, a pesquisa adota como metodologia os estudos históricos tendo como objeto de coleta e análise de dados os jornais e documentos internos e oficiais do PCB como, por exemplo, os jornais “Novos Rumos” e “Voz Operária”; e os documentos organizacionais internos, como as “Resoluções”, “Estatutos” e “Circulares”, etc., encontrados em arquivos privados e públicos, como o “Fundo Documental Nelson Rosas” e a “Biblioteca Nacional Digital”. Como aporte teórico a pesquisa bibliográfica adota referências direcionadas para o corpus teórico da temática sobre partidos políticos comunistas, nas obras de Duverger (1970), Gorender (1987), Pandolfi (1995); acerca do Regime Militar, como por exemplo, Fico (2019), Júnior (2017) e Alves (1987); e, dos movimentos estudantis no período recortado da pesquisa através das pesquisas de Albuquerque (1977), Filho (1987), Goppo (2007) e Sanfalice (2019). Dessa análise constatamos que após o Golpe Civil-Militar, as bases estudantis, fugindo do controle das instâncias formais do partido, acusassem a linha política adotada pelo PCB como responsável pela vitória dos militares. As críticas a linha política dos comunistas minaram a sua influência entre a esquerda, naquele momento, principalmente, entre os meios estudantis, o que abriu a possibilidade para que novas perspectivas de esquerda influenciassem os estudantes. Apesar de manter a atuação no movimento estudantil universitário, o partido só recuperaria sua influência, neste meio, no final da década de 1970 com as campanhas pelas frentes democráticas.