Democratização da política? Uma análise da presença protestante nas eleições presidenciais (2002-2014)
Religião e política; Eleições presidenciais; Protestantismo.
A presente pesquisa parte da reflexão de que as inter-relações entre religião e política são cada vez mais evidentes na atualidade. É de se notar que o crescimento do protestantismo e a sua intensa participação na política brasileira nos últimos anos colocaram em evidência as estreitezas dessa relação, não sendo à toa que as últimas eleições presidenciais (2010 e 2014) foram significativas nesse sentido, uma vez que para muitos, o peso da religião e de questões de natureza moral sobre a esfera pública vem se revelando de forma contundente. Dessa forma, a corrente investigação procura analisar as relações mútuas entre religião e política nas eleições presidenciais de 2002-2014 com foco no protestantismo, com o intuito de decifrar as possíveis configurações que tomam a democracia institucional nos últimos anos, tendo em vista a marcante presença de novos atores na arena política. Para tanto, a metodologia de estudo utilizada pretende aliar o campo teórico ao campo prático de investigação. Assim, ambiciona fazer uso de uma bibliografia, partindo de trabalhos de autores relevantes nas diferentes áreas: Paul Freston, Joanildo Burity, Ari Pedro Oro, Antônio Flavio Pierucci, Jairo Nicolau, Wanderley Guilherme dos Santos, Luis Felipe Miguel, Robert Dahl, David Held, Norberto Bobbio, etc. e a realização da coleta e análise de dados referentes às eleições indicadas: informações em jornais do país, como a Folha de São Paulo, O Globo, Carta Capital, pesquisas nos sites evangélicos e de igrejas, páginas de candidatos à presidência, lideranças religiosas, pesquisas de intenção de voto das diferentes instituições (Datafolha, Ibope, Vox Populi, etc.), entre outros.