Banca de DEFESA: ESTEVAM DEDALUS PEREIRA DE AGUIAR MENDES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ESTEVAM DEDALUS PEREIRA DE AGUIAR MENDES
DATA : 31/08/2017
HORA: 08:30
LOCAL: Sala G4 do Setor II
TÍTULO:

INIMIGOS DA TORRE: UM ESTUDO SOBRE TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, DESVIO, MORALIDADE E DISSIDÊNCIA


PALAVRAS-CHAVES:

Testemunhas de Jeová; Desassociação; Desvio; Moralidade; Dissidência.


PÁGINAS: 225
RESUMO:

Este trabalho analisa as sociabilidades no Fórum Virtual Ex-Testemunhas de Jeová. Uma comunidade afetiva criada em 2008 para combater a discriminação contra ex-membrosda religião. Trata-se de um espaço de trocas de experiências, organização política e apoio emocional. O foco da pesquisa é compreender a relação entre desassociação, trauma coletivo e estigma. A desassociação é um processo de produção social da indiferença moral que opera por meio de demonstrações de desprezo, escárnio, tabu do contato, asco e humilhações públicas. Com a expulsão da religião, os agora desassociados passam a ter o caráter, a dignidade e a própria humanidade contestados. Para compreendermos melhor esse processo, discutimos aspectos importantes da história do desenvolvimento da religião, suas relações com o fundamentalismo e a modernidade, com destaque para a doutrina da demonização da autonomia individual vista como resposta a um mundo plural, marcado por incertezas e contínuas transformações. O trabalho se ocupa, sobretudo, de destrinchar o funcionamento de uma economia das punições que englobaria uma ordem simbólica legitimadora, mecanismos de controle interno (culpa e vergonha) e externo (tribunal judicativo, regras de etiqueta, etc.). O argumento é o de que a eficácia dos sistemas de controle depende de um enlace entre programas institucionais e a ação. A consolidação da ordem moral religiosa seria o resultado de rituais e práticas sociais hierarquicamente rotinizadas, mas passíveis de serem negociadas pelos sujeitos. Uma gramática moral e determinada competência afetiva garantiriam que a ordem social não se torne anômica. A pesquisa indica que a comunidade afetiva possibilita a elaboração de uma autoimagem mais positiva dos desassociados, com base em novos enquadramentos morais, emocionais e cognitivos. Eles passariam a desempenhar um papel mais ativo em relação às próprias emoções e noções de moralidade, que acabam por adquirir uma importante dimensão política.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149562 - ORIVALDO PIMENTEL LOPES JUNIOR
Interno - 1352037 - EDMILSON LOPES JUNIOR
Interno - 1693229 - GILMAR SANTANA
Externo à Instituição - TEREZA CORREIA DA NÓBREGA QUEIROZ - UFPB
Externo à Instituição - VANDERLAN FRANCISCO DA SILVA - UFCG
Notícia cadastrada em: 21/08/2017 10:19
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