Banca de QUALIFICAÇÃO: GENILSON DE AZEVEDO FARIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GENILSON DE AZEVEDO FARIAS
DATA : 15/02/2017
HORA: 15:00
LOCAL: Sala 901 do CCHLA
TÍTULO:

DO ENGENHO À ESCOLA: representações de gênero na escrita memorialística e autobiográfica de Magdalena Antunes (1880-1959)


PALAVRAS-CHAVES:

Magdalena Antunes. Oiteiro. Representações de gênero.


PÁGINAS: 78
RESUMO:

Na primeira metade do século XX, a região que progressivamente passou a ser denominada de Nordeste, começou a perder visibilidade econômica e política no contexto geral do Brasil, fazendo cair por terra antigas relações sociais. Se de um lado, o Nordeste entrava em declínio, em contraposição, o Sudeste ascendia. Essas transformações foram sentidas e problematizadas por vários intelectuais da época, os quais se ordenaram em duas frentes opostas. A primeira era formada pelos intelectuais da região que, então, gestava-se como Nordeste, essa tinha um viés saudosista em relação ao passado, ressaltando valores e tradições da aristocracia agrária da região que perdia prestígio no cenário econômico e político do Brasil. A segunda frente, por sua vez, era marcada por um viés moderno e industrial que objetivava romper com o passado, sobretudo com as antigas estruturas do Brasil rural. Nesse cenário, é que se acredita que a escritora cearamirinense Magdalena Antunes (1880-1959) pode ser inserida, tendo sido filha de senhores de engenho do, então, vale do Ceará-Mirim – RN e, conclamada, já na velhice, a fazer parte desse projeto por Câmara Cascudo e Nilo Pereira. Esses autores estiveram refletindo sobre a eternização do passado do Rio Grande do Norte, atrelado a outros escritores em nível regional. Nesse sentido, observa-se que a autora, ao escrever a obra Oiteiro: memórias de uma sinhá-moça, livro memorialístico e autobiográfico, foi além do que era esperado para as mulheres da sociedade de seu tempo, pois, possibilitou a observação de uma determinada realidade social, que foi vivenciada em sua infância e que, através dos fios de sua memória, foi eternizada através da linguagem escrita. A realidade social apresentada pela autora é a da sociedade patriarcal do Nordeste no momento de transição do século XIX para o século XX. Nesse sentido, este trabalho busca, a partir da escrita autobiográfica e memorialística de Magdalena Antunes, observar as representações de gênero que vigoraram no contexto histórico da sociedade a qual ela retrata.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149568 - ANA LAUDELINA FERREIRA GOMES
Interno - 6347248 - JOSE ANTONIO SPINELI LINDOZO
Externo à Instituição - TÂNIA ELIAS MAGNO DA SILVA - UFS
Notícia cadastrada em: 08/02/2017 10:09
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