Caracterização Tectono-Estratigráfica de Reservatórios Siliciclásticos Neoaptianos: Um Estudo do Membro Carmópolis no Campo de Camorim, Sub-bacia de Sergipe, Brasil.
Caracterização tectono-estratigráfica de reservatórios, Membro Carmópolis, Sub-bacia de Sergipe
O Campo de Camorim, descoberto em 1970 e localizado na porção de águas rasas do Estado de Sergipe, é um dos maiores da Unidade Operacional Sergipe-Alagoas (Petrobras/UO-SEAL), em termos de volume de óleo in place (VOIP).
Atualmente, a produção de hidrocarbonetos é proveniente do Membro Carmópolis da Formação Muribeca (Aptiano superior), principal intervalo reservatório caracterizado como siliciclásticos depositados em um contexto alúvio-flúvio-deltáico, em fase tardia do rifteamento na Bacia Sergipe-Alagoas. O arcabouço estrutural, que compartimenta o campo em blocos produtores, está associado à evolução do processo de rifteamento e reativações posteriores, apresentando falhas principais normais, de direção NE-SW, e falhas secundárias de direções NW-SE e E-W.
Dada à intensa variação faciológica resultante da interação entre os ambientes deposicionais continentais e costeiros, e o complexo arcabouço estrutural, justifica-se necessário um estudo de caracterização de reservatórios que auxilie na implementação de projetos de engenharia visando a incrementar o fator de recuperação do campo.
Deste modo, utilizando 34 anos de histórico de produção, sísmica 3D, poços com perfis elétricos e testemunhos, disponibilizados pela Petrobras, é proposta uma metodologia para caracterização tectono-estratigráfica dos reservatórios siliciclásticos do Campo de Camorim, com objetivo de identificar o controle estrutural na sedimentação e a correlação dos estratos geneticamente associados com base nos conceitos da Estratigrafia de Sequências, definindo assim as relações espaciais e temporais das zonas produtoras e as direções preferenciais do fluxo de fluidos, como também possíveis “bolsões” de óleo remanescentes em um campo maduro.