Banca de DEFESA: LUIZ HENRIQUE LIRA DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUIZ HENRIQUE LIRA DE OLIVEIRA
DATA : 20/12/2022
HORA: 14:30
LOCAL: videoconferência https://www.youtube.com/c/PPGGUFRNTransmiss%C3%A3odeBancas
TÍTULO:

Aprendizado de Máquina Não-Supervisionado Aplicado à Classificação Geoquímica de Granitos Tipo-A Brasileiros


PALAVRAS-CHAVES:

Magmatismo tipo-A; Geoquímica; Análise orientada por dados; algoritmo K-means.



PÁGINAS: 118
RESUMO:

Os granitos de tipo-A são tipicamente caracterizados por sua tendência alcalina, altas concentrações de HFSE, valores elevados para as razões Ga/Al e HF/H2O, além de serem associados majoritariamente a ambientes extensionais pós-colisionais e anorogênicos. Ao longo dos últimos anos, no entanto, uma série de trabalhos têm demonstrado que essas rochas são muito mais complexas tanto em termos de sua geoquímica, como quanto aos ambientes tectônicos associados e processos petrogenéticos envolvidos. No Brasil, granitos de tipo-A são descritos tanto em áreas cratônicas arqueanas a paleo-mesoproterozoicas quanto em faixas móveis neoproterozoicas, com diversas ocorrências associadas a importantes depósitos minerais (Sn, In, W, dentre outros). Muitas dessas ocorrências são descritas e interpretadas em um contexto local ou regional, de forma que uma análise integrada e comparativa em escala mais ampla é ainda ausente na literatura. Neste contexto, esta dissertação apresenta os resultados de análise orientada por dados, ou “data driven discovery”, pela aplicação de técnicas da ciência de dados para manipulação, processamento e análise (com uso auxílio do aprendizado de máquina não-supervisionado com o algoritmo K-means) de um extenso banco de dados geoquímicos em rocha-total (>1.900 amostras) de granitoides de tipo-A do Brasil em diversos contextos geotectônicos e de diversas idades. Os resultados mostram que o magmatismo de tipo-A no Brasil pode ser separado em três subgrupos denominados A1, A2 e A3, com características geoquímicas (e em parte petrográficas) distintas. Os dois primeiros mostram correspondência com os subtipos A1 e A2 já consagrados na literatura, enquanto o terceiro define um novo subgrupo, caracterizado por litotipos menos evoluídos. Esses subgrupos são individualizados em diversos diagramas binários e ternários propostos neste trabalho a partir de combinações de variáveis químicas (elementos maiores e traços) e de minerais normativos. O subgrupo A1 engloba rochas alcalinas a álcali-cálcicas, de caráter peralcalino a metaluminoso. Os granitos A2 são álcali-cálcicos a cálcio-alcalinos, peraluminosos a fracamente metaluminosos; enquanto o subgrupo A3 inclui rochas alcalinas, álcali-cálcicas, cálcio-alcalina a cálcicas, metaluminosas a peralcalinas (em menor proporção). Embora não possuam preferências por um determinado contexto tectônico ou intervalo de ocorrência ao longo do tempo geológico, os subgrupos tipo-A1, A2 e A3 podem ocorrer juntos em um mesmo corpo, com sete tipos de combinações possíveis, o que sugere que possam representar diferentes fácies relacionadas entre si por processos de diferenciação magmática. A associação dos subgrupos a um contexto geotectônico específico nem sempre é direta. Porém, em linhas gerais, os plutons formados exclusivamente de granitos tipo-A1relacionam-se mais fortemente a ambientes anorogênicos a pós-orogênicos, enquanto os subgrupos A2 e A3 estão ligados a contextos sin- e pós-colisionais a tardi-colisionais.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2042352 - FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
Externo ao Programa - 1066308 - MARCUS ALEXANDRE NUNES - nullExterno à Instituição - SILVIO ROBERTO FARIAS VLACH - USP
Notícia cadastrada em: 10/12/2022 17:32
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