Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ RICHARLES ALMEIDA GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ RICHARLES ALMEIDA GOMES
DATA : 20/12/2022
HORA: 10:00
LOCAL: videoconferência https://www.youtube.com/c/PPGGUFRNTransmiss%C3%A3odeBancas
TÍTULO:

Determinação de espessura crustal no Escudo Brasileiro com Funções do Receptor Verticais

PALAVRAS-CHAVES:

Função de Autocorrelação; Espessura cortical; Escudo Brasileiro.

PÁGINAS: 20
RESUMO:

A função do receptor (RF) é um dos métodos mais tradicionais de investigação da estrutura crustal e do manto  superior no planeta. Essa metodologia consiste em deconvolver a componente vertical da componente radial de um  registro telessísmico para obter a resposta estrutural da sub-superfície nas proximidades do receptor. Nessa  abordagem, a série temporal obtida é composta por conversões Ps e suas reverberações, tornando as RFs sensíveis à velocidade de onda S do meio de propagação. Nos últimos anos, foi demonstrado a viabilidade de aplicar a auto correlação (AC) de registros de eventos telessísmicos para obter resultados similares e complementares aos de  RFs. No caso da AC radial, o resultado pode ser interpretado como composto de conversões Ps e reverberações como na RF tradicional, mas acrescentando uma reverberação de onda P que geralmente está ausente nas RFs tradicionais. Esta reverberação fica ainda mais aparente na AC vertical, fornecendo assim informações adicionais  sobre a velocidade de onda P no meio de propagação. Uma das implementações desse método insere uma divisão  espectral no fluxograma de processamento que torna possível ver ACs e RFs como análogas. Nesse caso, a AC  vertical é conhecida como a função do receptor vertical (VRF). Aqui foram calculadas VRFs com dados  provenientes das estações que compõem a Rede Sismográfica Brasileira (RSBR). Nosso objetivo é comparar e  complementar estimativas de espessura crustal e velocidade média da crosta obtidas em estudos prévios com RFs  realizados na parte estável do continente sul-americano. Em geral, as estimativas preliminares com VRFs foram  feitas visualmente e se mostraram próximas das obtidas com RFs tradicionais. Levantamos hipóteses que as  divergências podem ser associadas a valores inadequados de velocidade de onda P ou a características estruturais como uma Moho gradativa. Os próximos passos da pesquisa serão realizar estimativas mais robustas das  propriedades crustais com o método H−κ−VP−Stacking e realizar testes sintéticos para avaliar a validade das  hipóteses levantadas para as inconsistências observadas.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARTIN SCHIMMEL - CSIC
Interno - 1451214 - ADERSON FARIAS DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - CARLOS ALBERTO MORENO CHAVES - USP
Presidente - 1863578 - JORDI JULIA CASAS
Externo à Instituição - MARCELO SOUSA DE ASSUMPÇÃO - USP