Banca de DEFESA: ALINE CRISTINE TAVARES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE CRISTINE TAVARES
DATA : 09/03/2022
HORA: 08:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

Influência da reativação de zonas de cisalhamento continentais
e da Zona de Fratura Romanche na evolução da Margem Equatorial Brasileira


PALAVRAS-CHAVES:

Margem Equatorial Brasileira; Zona de Fratura Romanche; Lineamento Transbrasiliano; margem hiperestendida; reativação de falhas


PÁGINAS: 128
RESUMO:

Esta tese investiga o papel tectônico da reativação de zonas de cisalhamento Pré- Cambrianas e da Zona de Fratura Romanche (RFZ) na formação da parte central da Margem Equatorial Brasileira. Para tanto, dados gravimétricos, magnéticos, de elevação, sísmicos e de poços foram compilados, processados e integrados. A separação entre os continentes sul americano e africano, no Cretáceo Inferior, foi fortemente condicionada pela trama estrutural pré-cambriana de blocos crustais amalgamados ao longo de extensas zonas cisalhamento durante o Ciclo Brasiliano (720-540 Ma). As reativações destas zonas de cisalhamento em escala continental ocorreram principalmente onde havia alto contraste mecânico entre terrenos Pré-Cambrianos, compartimentando as margens continentais dos dois lados do Atlântico Equatorial. Essas zonas de cisalhamento desaparecem na RFZ, onde ocorre o limite crustal continente-oceano. As falhas e dobras reativadas são compatíveis com um campo de tensões inicialmente extensional durante o rifte, até o Aptiano. Este campo de tensões inverteu-se para transcorrente após a fase de ruptura principal, com a direção de compressão máxima variando até o Presente. Por sua vez, a RFZ divide este setor da Margem Equatorial em um segmento transformante E-W e dois segmentos divergentes adjacentes NW-SE. Modelos gravimétricos ao longo de seções sísmicas regionais revelam comportamentos crustais distintos para cada segmento: ao sul da RFZ, uma margem divergente com estiramento crustal de ~90 km; ao longo da RFZ, uma margem transformante com crosta continental pouco estendida (~30 km); e ao norte da RFZ, outro segmento divergente mostra uma crosta continental hiperestendida com até 160 km de extensão na plataforma continental. A Descontinuidade de Moho e a geometria interna das bacias sedimentares foram também modeladas, completando a caracterização litosférica da Margem Equatorial. As bacias ao sul da RFZ são mais espessas daquelas ao norte, porque essa estrutura atuou como uma barreira para a deposição de sedimentos continentais nas regiões oceânicas. O limite entre as crostas continental e oceânica foi também proposto, consistente com os encontrados em estudos anteriores. No entanto, ele diverge desses estudos ao norte da RFZ devido à crosta continental hiperestendida aqui descrita.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCELO SPERLE DIAS - UERJ
Interno - 2490483 - ALEX FRANCISCO ANTUNES
Externo à Instituição - DAVID LINO VASCONCELOS - UFCG
Presidente - 1315614 - DAVID LOPES DE CASTRO
Externo à Instituição - WEBSTER UEIPASS MOHRIAK - UERJ
Notícia cadastrada em: 07/02/2022 11:37
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