Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDERSON HENRIQUE DE MELO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDERSON HENRIQUE DE MELO
DATA : 18/05/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferencia -
TÍTULO:

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA INTEGRADA DO ALBIANO AO CAMPANIANO DA BACIA
POTIGUAR: DA ESCALA SÍSMICA À DE RESERVATÓRIOS


PALAVRAS-CHAVES:

Bacia Potiguar; Estratigrafia de Sequências; Estratigrafia de Sequências de Alta  Resolução; Gerenciamento de Reservatórios


PÁGINAS: 146
RESUMO:

Uma análise estratigráfica integrando interpretações sísmicas, dados de poços e  dados bioestratigráficos levou à definição de cinco sequências deposicionais de  terceira ordem e seus respectivos tratos de sistemas entre o Albiano e o Campaniano  da Bacia Potiguar. À medida que se tornam mais jovens, os tratos de sistemas de  queda e de mar baixo das sequências deposicionais se tornam mais delgados ou não  são interpretados, e os tratos transgressivos e de alto tornam-se mais espessos, o  que reflete a tendência geral transgressiva da sequência de segunda ordem na qual  eles estão inseridos. A Sequência Deposicional 1 compreende depósitos siliciclásticos  e carbonáticos de idade albiana. O Trato de Sistemas do Estágio de Queda da  Sequência 1 (TSEQ 1) está preservado no cânion submarino C1. O Trato de Sistemas  de Mar Baixo da Sequência 1 (TSMB 1) é composto por depósitos fluviais restritos a  vales ou não confinados amalgamados, além de depósitos deltaicos. Rochas  carbonáticas marinhas (Formação Ponta do Mel) e seus equivalentes fluviais na  porção onshore representam os Tratos de Sistemas Transgressivo 1 (TST 1) e de Mar  Alto 1 (TSMA 1). A Sequência Deposicional 2 compreende depósitos de idade  cenomaniana média a inferior. O cânion submarino C2 é preenchido com o TSEQ 2 e  com o TSMB 2. Na porção onshore da bacia, o TSMB 2 é composto por sistemas  fluviais entrelaçados. O TST 2 ocorre em onlap sobre a Superfície de Máxima  Regressão (SRM 2) na porção marinha e é representado por depósitos fluviais  meandrantes e com influência marinha nas porções onshore. O TSMA 2 ocorre em  downlap sobre a Superfície de Inundação Máxima 2 (SIM 2) e tem uma ocorrência  terrestre muito restrita. Os depósitos da Sequência Deposicional 3 estão  compreendidos entre o Cenomaniano Superior o Turoniano. O TST 3 ocorre em onlap sobre a SRM 3 nas porções marinhas e é representada por sistemas fluviais e  estuarinos na porção onshore. O TSMA 3 ocorre em downlap sobre a SIM 3 na  porção marinha e é composto por depósitos carbonáticos e seus correlatos  siliciclásticos onshore. As sequências deposicionais 4 e 5 estão completamente  inseridas no contexto da plataforma carbonática da Formação Jandaíra, de idade  Turoniana a Campaniana, onde apenas os tratos transgressivos e de mar alto foram  interpretados. A Formação Açu, a principal formação produtora de hidrocarbonetos da  Bacia Potiguar, está inserida nas sequências deposicionais 1, 2 e 3 e é fortemente  afetada pelas variações laterais e verticais dos sistemas deposicionais pertencentes  aos tratos do sistema. O arcabouço estratigráfico definido em escala sísmica serviu de  ponto de partida para um detalhamento estratigráfico em escala de reservatórios. A  partir da análise integrada de dados de rocha, perfis elétricos e de produção de um  campo maduro de óleo pesado, parte da porção fluvial do TST 2 (inserida na  Formação Açu) foi subdivido em 9 sequências deposicionais de quarta ordem. As  discordâncias subaéreas que as limitam são interpretadas no topo de níveis de paleosolos que são correlacionados ao longo da área de estudo e que controlam o  fluxo de fluidos nos reservatórios. As nove sequências deposicionais de alta  frequência do TST 2 e o TSMB 2 passam a representar o zoneamento de  reservatórios do intervalo estudado, em substituição às quatro zonas lito estratigráficas anteriores. O novo zoneamento permitiu uma caracterização mais  detalhada dos reservatórios, o que resultou em uma melhor representação dos  sistemas fluviais em modelos geológicos 3D e na correção de erros de mapeamento.  O entendimento do fluxo de fluidos nos reservatórios levou ao fechamento de  intervalos prejudiciais a produção bem como a identificação de intervalos com óleo  remanescente ainda não produzido, responsáveis pelo aumento da vida útil de poços  submetidos a injeção cíclica de vapor. Tais resultados reforçam a importância da  estratigrafia de sequências de alta resolução como ferramenta na busca pelo  incremento do fator de recuperação de campos maduros. A mesma metodologia foi  utilizada no refinamento estratigráfico de parte da plataforma carbonática do TSMA 1  (inserida na Formação Ponta do Mel), onde foram interpretadas quatro sequências  genéticas de quarta ordem. Embora este intervalo não seja portador de  hidrocarbonetos, o refinamento estratigráfico proposto serve como analogia para o  estudo e descrição de heterogeneidades estratigráficas em reservatórios carbonáticos  marinhos. Os resultados encontrados podem ser replicados em outras áreas e  intervalos estratigráficos da Bacia Potiguar e em outras bacias, podendo contribuir  com a indústria do petróleo tanto em escala exploratória quanto de reservatórios. 



MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - GUILHERME PEDERNEIRAS RAJA GABAGLIA - PETROBRAS
Externo à Instituição - CLAITON MARLON DOS SANTOS SCHERER - UFRGS
Presidente - 1161652 - FRANCISCO PINHEIRO LIMA FILHO
Notícia cadastrada em: 07/05/2021 00:46
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