Banca de DEFESA: ALANNY CHRISTINY COSTA DE MELO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALANNY CHRISTINY COSTA DE MELO
DATA : 30/04/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferencia - meet.google.com/mgo-ekrb-jhk
TÍTULO:

Cartografia dos exames de diques máficos da Província Borborema com base em dados aerogeofísicos e Self-Organizing Maps


PALAVRAS-CHAVES:

Dados Aerogeofísicos; Mapas Auto-Organizáveis (SOM); Enxames de Diques Máficos; Análise Estrutural; Província de
Borborema.


PÁGINAS: 124
RESUMO:

O mapeamento de enxames de diques vem sendo utilizado no estudo de processos tectônicos que culminam em rifteamento continental, especialmente em suas fases iniciais e intrusão de magma. Sendo assim, enxames de diques se tornaram elementos chave para estudar a atividade de plumas do manto, grandes províncias ígneas (LIP’s) e fragmentação continental. Dados magnéticos aerotransportados são uma ferramenta geofísica eficaz para determinar a extensão de enxames de diques em escala continental devido ao expressivo contraste magnético entre corpos magmáticos e rochas hospedeiras. No entanto, muitas características geológicas exibem padrões magnéticos semelhantes, tornando a interpretação qualitativa dos mapas de anomalias magnéticas bastante subjetiva e ambígua. Para melhorar e otimizar o mapeamento preditivo de enxames de diques, esta pesquisa apresenta uma análise multivariada de levantamentos geofísicos aerotransportados, aplicando uma técnica de Mapeamento Auto-Organizável (SOM), com a adoção de duas variáveis magnéticas e três variáveis gama-espectrométricas. O método SOM foi aplicado para investigar um conjunto de enxames de diques máficos, que intrudiram a Província Borborema Neoproterozóica (PB), a Bacia do Parnaíba (BP) e o Cráton do São Francisco (SFC) no NE do Brasil. Esses diques fazem parte de um vasto evento magmático associado à ruptura do supercontinente Pangeia, que formou o Oceano Atlântico Equatorial no Cretáceo Inferior, denominado EQUAMP. Primeiro, os parâmetros SOM foram definidos, executando o algoritmo em uma área representativa na parte central da PB. Esta área de treinamento funcionou como uma  configuração padrão dos parâmetros do SOM, a partir do qual todos os dados da área foram processados. A análise semiautomática do SOM identificou sete populações diferentes, de acordo com as características encontradas nas cinco variáveis geofísicas de entrada. Duas dessas populações estavam associadas aos diques máficos, reduzindo a subjetividade da interpretação dos diques a partir da simples observação das anomalias magnéticas. Essas populações representam alto erro de quantização do SOM, o que significa que esses grupos representam os dados mais anômalos, evidenciados no conjunto de dados aerogeofísicos. Esses resultados foram validados durante o trabalho de campo, revelando que os enxames de diques ocorrem de forma mais ampla do que se conhecia anteriormente, em todo a PB, intrudindo também o SFC, e revelando algumas ocorrências inseridas no preenchimento sedimentar paleozoico da borda leste do BP. Em um segundo momento, técnicas de realce de anomalias foram também aplicadas aos dados magnéticos para obter a distribuição espacial dos diques e estimar a profundidade das fontes causativas das anomalias. Uma análise estrutural foi realizada integrando padrões magnéticos, dados de campo e uma compilação de mapas geológicos anteriores para descrever a distribuição detalhada dos enxames de diques na PB. Nossas análises demonstram que os enxames de diques se estendem por 6,8 x 106 km2 . Os 1388 diques máficos mapeados estão agrupados em três enxames distintos: 1135 - Rio Ceará-Mirim (RCM); 168 - Canindé (CD); e 86 - Riacho do Cordeiro - (RC). Os enxames de diques mostram três tendências preferenciais para E-W, NW-SE e NE-SW. Os enxames invadem as unidades do embasamento pré-cambriano e bordejam as bacias sedimentares do Cretáceo. A distribuição espacial e a análise estrutural dos diques permitiram estabelecer o campo de paleotensão ativo no momento da intrusão. Para o RCM, as trajetórias de paleotensão representam uma extensão N-S, rotacionando para NW-SE na porção oeste do enxame. Já para CD, a orientação de paleotensão demonstra uma extensão NW-SE rotacionando para NE-SW. Enquanto para o RC, as trajetórias se mostram semelhantes às traçadas para o RCM, apresentando uma extensão NW-SE predominante. Essa geometria em semiarco e a vasta extensão, superior a 1000 km, indicavam uma pluma mantélica como a provável origem desses enxames de diques.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1315614 - DAVID LOPES DE CASTRO
Interno - 349684 - WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
Interno - 350630 - ZORANO SERGIO DE SOUZA
Externo à Instituição - CLEYTON DE CARVALHO CARNEIRO
Externo à Instituição - CARLOS JOSE ARCHANJO - USP
Notícia cadastrada em: 28/04/2021 10:43
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