Banca de DEFESA: LIDYANE MAYARA LIMA DE ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LIDYANE MAYARA LIMA DE ARAÚJO
DATA : 18/12/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferencia - https://cutt.ly/6fcqwHK
TÍTULO:

Mineralogia de amígdalas de basaltos toleíticos mesozoicos do
extremo norte da Província Borborema – NE do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

DIQUES RIO CEARÁ-MIRIM; BASALTOS SERRA DO CUÓ; ZEÓLITAS; FLUIDOS METEÓRICOS


PÁGINAS: 70
RESUMO:

Rochas vulcânicas, em especial basálticas, comumente apresentam vesículas geradas pelo escape (expansão) de gases durante o processo de resfriamento. Estas vesículas podem ser preenchidas (tornando-se amígdalas) por diferentes assembleias minerais por meio da circulação de fluidos hidrotermais ou meteóricos. A identificação e caracterização destas assembleias secundárias, bem como dos seus processos e condições de formação pode trazer inferências importantes sobre a história subsolidus das rochas vulcânicas, tais como a evolução e fatores composicionais e físico-químicos dos fluidos envolvidos, balanço químico e processos mineralizantes. A porção setentrional da Província Borborema foi, durante o Mesozoico, palco de importante vulcanismo continental toleítico relacionados à quebra de Gondwana e abertura do Atlântico Equatorial. Esse magmatismo manifesta-se principalmente como o enxame de diques Rio Ceará-Mirim (CMD) e os derrames Serra do Cuó (SCB), cujos basaltos e diabásios mostram-se frequentemente vesiculares e amigdaloidais. A caracterização detalhada da mineralogia secundária/hidrotermal nessas rochas é assunto ainda pouco explorado, de forma que este trabalho visa preencher esta lacuna com um estudo mineralógico sistemático das amígdalas de amostras selecionadas do CMD e SCB, com base na integração de dados petrográficos, de difração de raios X (DRX), termogravimétricos (TGA/DTA) e de química mineral (EDS). Os resultados mostram que as amígdalas no CMD são predominantemente monominerálicas, preenchidas com laumontita e, localmente, quartzo ou calcita. A laumontita foi provavelmente formada sob temperaturas de ~125oC, após um evento hidrotermal de maior temperatura (até ~300oC) que alterou a mineralogia primária para filossilicatos máficos. Nas amígdalas do SCB o preenchimento é poliminerálico e inclui a formação inicial sob baixas temperaturas (~150oC) de nontronita/saponita junto às paredes das cavidades, seguida pela precipitação de natrolita e/ou phillipsita, refletindo mudanças composicionais e de temperatura (até ~250oC) dos fluidos meteóricos dos quais essas fases se precipitaram. Um estágio mais tardio de baixa temperatura é marcado pela substituição de zeólitas por argilominerais. Infere-se que os componentes químicos necessários para a formação dessas assembleias minerais resultam da desestabilização e alteração do vidro vulcânico intersticial, dos minerais máficos e plagioclásio primários causados pela percolação de fluidos meteóricos nas rochas ainda em resfriamento. A variabilidade mineralógica observada nas amígdalas do CMD e SCB aponta para composições contrastantes desses fluidos que, em última instância, refletem as diferenças composicionais (químicas e mineralógicas) entre os dois vulcanismos, bem como contribuições externas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2042352 - FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
Externo ao Programa - 349812 - LAECIO CUNHA DE SOUZA
Externo à Instituição - MARCELO BARBOSA DE ANDRADE - USP
Externa à Instituição - Paola Ferreira Barbosa - UnB

Notícia cadastrada em: 08/12/2020 09:02
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