Banca de QUALIFICAÇÃO: LETÍCIA HUDSON BRITO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LETÍCIA HUDSON BRITO
DATA : 10/12/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do LGGP I
TÍTULO:

Análise Estratigráfica das seções Rifte e Pós-rifte offshore da Bacia Potiguar, NE do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Bacia Potiguar; Estratigrafia de Sequências; Tratos de Sistemas Tectônicos


PÁGINAS: 30
RESUMO:

A Bacia Potiguar (BP), localizada no extremo nordeste do Brasil, corresponde a uma bacia de margem passiva que abrange os estados do RN e CE, com uma área aproximada de 48 mil km², e sua maior parte localizada na porção submersa. Esta tem sua gênese associada ao rompimento do Supercontinente Gondwana, que culminou na separação das placas Sul- Americana e Africana e na formação do Oceano Atlântico. Devido aos esforços rupturais de tal episódio, desenvolveu-se um sistema de riftes continentais cretáceos no Nordeste brasileiro, dando origem a uma sucessão sedimentar com características favoráveis para a formação de sistemas petrolíferos nestas bacias. A Bacia Potiguar, localizada na Margem Equatorial, é uma das bacias sedimentares deste sistema e seu preenchimento sedimentar é assinalado por depósitos relacionados a três estágios tectonossedimentares distintos: Rifte, Pós-Rifte e Drifte. O estágio Rifte representa o preenchimento inicial da bacia sob forte controle da tectônica atuante e é representado pelos depósitos continentais das formações Pendência e Pescada. Por sua vez, o estágio Pós-Rifte é caracterizado por um regime tectônico de relativa quietude, com a deposição de sistemas deposicionais continentais gradando para sistemas marinhos da Formação Alagamar, evento concomitante ao primeiro episódio de ingressão marinha na BP. A posterior deposição, de sequências essencialmente marinhas, ocorreu sob um regime de subsidência termal e compensação isostática, caracteriza o estágio Drifte. Para melhor compreender os estágios Rifte e Pós-Rifte da BP, tomou-se como base para este trabalho a análise de informações de poços e interpretação de dados sísmicos bi- e tridimensionais, a partir do uso de técnicas de análise da estratigrafia de sequências, adaptando-se os conceitos para bacias do tipo rifte. Como resultado da análise dos dados de poços (de informações dos perfis litológicos e de raios gama), foram identificadas para as seções Rifte e Pós-Rifte, litofácies conglomeráticas, areníticas, pelíticas, além de litofácies carbonáticas. A partir daí, pôde-se interpretar os sistemas deposicionais, posicionar as superfícies limítrofes e reconhecer as unidades estratigráficas. Os resultados obtidos foram sintetizados em diagramas 1D. Na análise sismoestratigráfica, foram identificadas as terminações de refletores, imprescindível para a demarcação de horizontes e consequente definição das superfícies cronoestratigráficas, além de definidas as sismofácies presentes e suas respectivas geometrias externas. Visto que a tectônica é o fator controlador das taxas de criação de espaço de acomodação e do aporte sedimentar em riftes, a delimitação de ciclos de progradação e retrogadação permitiu depreender seu controle no preenchimento da bacia no intervalo do Barremiano ao Aptiano bem como possibilitou o reconhecimento de tratos de sistemas tectônicos, seguindo o modelo de Kuchle & Scherer (2010), a saber: tratos de Início de Rifte, de Desenvolvimento de Meio- Graben, de Clímax do Rifte, de Final do Rifte e de Pós-Rifte. Tal análise denota suma importância, tanto como um exemplo de aplicação do método da estratigrafia de sequências para tais contextos como também no que concerne à caracterização de sistemas petrolíferos nas formações Pendência, Pescada e Alagamar


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1884342 - DEBORA DO CARMO SOUSA
Externa ao Programa - 277437 - MARCELA MARQUES VIEIRA
Presidente - 1149363 - VALERIA CENTURION CORDOBA
Notícia cadastrada em: 28/11/2019 10:28
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