Banca de DEFESA: FILIPE EZEQUIEL DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FILIPE EZEQUIEL DA SILVA
DATA : 23/08/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do LGGP I
TÍTULO:

Morfodinâmica de Sistemas de Ilhas Barreiras Tropicais , Litoral Setentrional do RN


PALAVRAS-CHAVES:

ilhas barreiras, pontais arenosos, morfodinâmica, erosão costeira, costa equatorial


PÁGINAS: 95
RESUMO:

O litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte (RN) é uma costa tropical de energia mista onde o condicionamento geológico favorece a manutenção de sistemas de ilhas barreiras. Esses sistemas incluem ilhas barreiras, pontais arenosos, deltas de maré de vazante, canais e planícies de maré, bem como manguezais. A dinâmica costeira nesses sistemas é intensa, o que ocasiona grandes recuos da linha costa, crescimento de pontais arenosos, além da abertura e fechamento de canais de maré em curto espaço de tempo. Essa dinâmica afeta diretamente a exploração petrolífera onshore, e por esse motivo, diversos estudos foram realizados na região nas últimas décadas, a fim de melhor compreender seus aspectos morfodinâmicos. Entretanto, ainda há muito a ser entendido, sobretudo quando se considera toda a extensão desses sistemas. Assim, este trabalho se propôs a avaliar a morfodinâmica dos sistemas de ilhas barreiras do litoral setentrional do RN através de quantitativos extraídos de análises multitemporais de imagens orbitais dos sensores Landsat 5 TM e Landsat 8 OLI, associados ao conhecimento dos processos locais. A amplitude das análises foi de 33 anos (1984 a 2016), com intervalos de amostragem de 4 anos para a análise de baixa frequência, e 1 ano para a análise de alta frequência. Os resultados apontam grande influência do intervalo de amostragem na interpretação do comportamento evolutivo das ilhas barreiras e pontais arenosos, de modo que a análise de baixa frequência não representa a real evolução das barreiras, conduzindo a interpretações errôneas. Isso deve-se ao comportamento consideravelmente dinâmico dessas barreiras que em um período de 1 ano podem acrescer em 3 km². Além disso, foi observada uma rápida alternância entre aumento e diminuição na área dessas barreiras, correspondendo a ciclos ininterruptos de acresção e erosão, que anulam quaisquer tendências de crescimento ou diminuição na área dessas barreiras. A análise morfodinâmica permitiu diferenciar dois tipos de barreiras: migrantes e estacionárias. O movimento de migração resulta da ação conjunta das forçantes meteo-oceanográficas que provoca simultaneamente perda contínua e ganho de sedimentos no sentido das correntes de deriva litorânea. Esse processo faz a ilha se deslocar para oeste, conservando sua forma, com taxas de até 100 metros por ano. A migração das barreiras pode ocasionar abertura, rotação, translação e fechamento de canais de maré. As barreiras estacionárias, por sua vez, apresentam feições que atenuam a energia das ondas e correntes, evitando grandes perdas de sedimento e, consequentemente, sua migração. As barreiras atuam ainda como estoque sedimentar para os campos de dunas transgressivos. Deste modo, ilhas em migração podem vir a coalescer com a linha de costa disponibilizando sedimentos para os campos de dunas adjacentes. Campos de dunas apartados da zona de praia por lagunas e canais de maré recebem baixo aporte sedimentar o que ocasiona o desenvolvimento de extensas deflações eólicas recobertas por depósitos de retardo. A manutenção dessas condições pode favorecer a extinção desses campos de dunas


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2218779 - HELENICE VITAL
Externo à Instituição - Andre Giskard Aquino da Silva - UFRN
Externo à Instituição - LEAO XAVIER DA COSTA NETO - IFRN
Notícia cadastrada em: 21/08/2019 16:42
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