Banca de DEFESA: PEDRO HENRIQUE MOURA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PEDRO HENRIQUE MOURA DA SILVA
DATA : 30/08/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do LGGP I
TÍTULO:

Condicionamento estrutural e relações estratigráficas do magmatismo eojurássico na porção centro-oeste da Bacia do Parnaíba


PALAVRAS-CHAVES:

Assinatura estrutural; Derrames; Fluidização; Metamorfismo de contato; Província CAMP; Relações de contato; Sinéclises; Soleiras


PÁGINAS: 101
RESUMO:

O magmatismo básico eojurássico da Sinéclise do Parnaíba (Nordeste do Brasil), representado pela Suíte Mosquito, faz parte da importante Província Magmática do Atlântico Central (CAMP). A unidade é relativamente bem estudada dos pontos de vista petrológico e geoquímico, e possui um acervo de datações geocronológicas. Esse magmatismo é cartografado em escala regional, e descrito na superfície como dominado por derrames. Em subsuperfície, ele é caracterizado por um importante complexo de soleiras, evidenciado em dados magnetométricos, sísmicos e de poços. Além de exposições subordinadas na porção sul da bacia, a ocorrência principal das rochas (sub)vulcânicas desta suíte está localizada na porção centro-oeste da bacia, foco deste estudo. Os corpos magmáticos da unidade estão associados a um expressivo padrão de lineamentos, com direção E-W a ENE, também observado em mesetas sustentadas por essas rochas básicas e pelos arenitos eólicos da Formação Sambaíba, para a qual é assumida uma idade mesotriássica. Neste trabalho foram abordados o condicionamento estrutural e as relações estratigráficas da Suíte Magmática Mosquito. A metodologia envolveu a interpretação de produtos de imagens de sensores remotos orbitais (ópticos e de radar) e dados de levantamentos de campo, incluindo a caracterização de falhas e relações de contato dos corpos magmáticos com as unidades sedimentares. Em adição, estudos petrográficos foram realizados e informações de subsuperfície foram obtidas em perfis de poços. Como resultados, a área cartografada previamente como Suíte Mosquito foi restringida, correspondendo na sua maior parte aos arenitos da Formação Sambaíba intrudidos por soleiras (além de corpos intrusivos alimentadores). Uma unidade mais jovem de arenitos foi nomeada como intervulcânica, exibindo clastos das rochas básicas. Ela ocorre intercalada com prováveis derrames e soleiras rasas, no topo das mesetas ou em cotas mais baixas, quando afetadas por falhas. A análise estrutural de macro e mesoescala caracterizou um evento deformacional eojurássico, com distensão NNW, que controlou o alojamento dos corpos magmáticos da Suíte Mosquito. Fraturas prévias também foram utilizadas no alojamento de intrusões. Diferentes tipos de interações entre as soleiras, corpos alimentadores e suas encaixantes sedimentares são descritos, variando de estilos não rúpteis (estruturas de regime viscoso) a rúpteis. A geometria tabular sub-horizontal dos corpos (incluindo seções transversais com formas de degraus e dedos), xenólitos, auréolas de metamorfismo de contato, além da fluidização nas encaixantes, como mostrada pelas carapaças termais, peperitos e injeções de diques clásticos, atestam a dominância de soleiras na presente superfície. A deformação eojurássica, responsável pelo condicionamento desses corpos magmáticos, representa efeitos distais relacionados à abertura do Atlântico Central. O importante componente magmático nesta sinéclise certamente contribuiu para a sua história de subsidência e soerguimentos. Esse evento magmático tem implicações importantes para a formação de sistemas petrolíferos atípicos nesta bacia, que ainda é considerada como uma fronteira exploratória.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 080.368.454-15 - ANTONIO CARLOS GALINDO - UFRN
Presidente - 346469 - EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
Externo à Instituição - VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS - SGB
Notícia cadastrada em: 15/08/2019 15:51
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