Banca de QUALIFICAÇÃO: ALESSANDRO JOSÉ SOARES DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALESSANDRO JOSÉ SOARES DANTAS
DATA : 14/12/2017
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do DGEF
TÍTULO:

Estimativa da espessura litosférica no Brasil através da análise espectral dos dados do EMAG2 e calibrados por funções de receptor da onda S


PALAVRAS-CHAVES:

Isoterma de Curie, função do receptor de onda S, espessura litosférica


PÁGINAS: 35
RESUMO:

O presente estudo tem como objetivo mapear a espessura litosférica em todo o território brasileiro, utilizando métodos magnéticos e sismológicos. Utilizando a técnica da análise espectral, foi possível mapear a Superfície da Base das Fontes Magnéticas (SBFM), que pode ser interpretada como sendo Isoterma de Curie da Magnetita (ICM), isoterma na qual possui 580oC. Assim como a ICM, a Base da Litosfera (LAB) também é uma isoterma, mas que marca a temperatura entre 1100 e 1330oC, temperatura na qual as rochas do manto iniciam o processo de fusão parcial. Esse processo induz uma queda na velocidade de propagação das ondas sísmicas, pelo que a LAB pode ser detectada também com métodos sismológicos. A técnica da análise espectral consiste na análise assimptótica da média radial do espectro magnético, como proposto por Spector and Grant (1970), em que o topo e a espessura da camada magnética podem ser estimadas. O dado magnético utilizado foi o Earth Magnetic Anomaly Grid versão 2 (EMAG2). A técnica de função do receptor da onda S (SRF) permite estimar a espessura da crosta e da litosfera em todo o território brasileiro. Esta técnica faz uso da onda telessísmica de fase S, que ao entrar na litosfera tem parte da sua energia convertida em onda P, gerando a fase Sp, que chega na estação sismográfica sem interferência de reverberações múltiplas. As SRFs foram calculadas em 100 estações sismográficas pertencentes às redes BR, BL, XC e Y4. Para cada estação sismográfica foram estimadas a profundidade da Moho, da LAB e da ICM, observando que a Moho varia entre 32 e 63 km e a LAB entre 171 e 232 km. Já a ICM, estimada a partir dos dados magnéticos, mostrou profundidades entre 26 e 46 km. Através destes dados foi observado que locais de litosfera mais espessa estão bem correlacionados com locais de crosta fina, talvez devido a compensações isostáticas. Os dados também mostraram uma boa correlação entre a Moho e a ICM, indicando que - apesar da Moho não ser uma isoterma - é possível que variações de sua espessura estejam relacionadas à variações no fluxo térmico da Terra. Finalmente, apesar da LAB e a ICM serem ambas superfícies isotermas, as mesmas não apresentaram uma correlação clara. Variações de na condutividade térmica da litosfera poderiam explicar essas diferenças.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1451214 - ADERSON FARIAS DO NASCIMENTO
Presidente - 1863578 - JORDI JULIA CASAS
Externo ao Programa - 346468 - JOSE ANTONIO DE MORAIS MOREIRA
Interno - 349684 - WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 23/11/2017 15:08
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