Banca de QUALIFICAÇÃO: ROANNY ASSIS DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROANNY ASSIS DE SOUZA
DATA : 14/07/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do LGGP
TÍTULO:

ESTILO ESTRUTURAL E RELAÇÕES TECTONOESTRATIGRÁFICAS DO GRUPO UBAJARA NO NW DO CEARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Província Borborema, Grupo Ubajara, estilo estrutural e cinemática


PÁGINAS: 22
RESUMO:

O Grupo Ubajara é uma unidade metassedimentar neoproterozoica (ediacarana) que aflora adjacente ao Lineamento Transbrasiliano no NW do Ceará. Esse lineamento corresponde a uma zona de cisalhamento com direção NE, com rejeito direcional dextral. O Grupo Ubajara faz parte da Faixa Médio Coreaú, sendo totalmente delimitado por zonas de cisalhamento de média a baixa temperatura, seja com o Grupo Martinópole (também de idade neoproterozoica), a norte, ou com o Grupo Jaibaras (ediacarano-cambriano), a sul/SE, todas com a mesma assinatura cinemática transcorrente dextral que é característica na região. Na literatura, o Grupo Ubajara é descrito com um padrão deformacional complexo, de regime contracional, envolvendo estruturas de baixo ângulo (empurrões e dobras) relacionadas ao Ciclo Brasiliano. No presente trabalho, está sendo investigado o estilo estrutural e as relações tectonoestratigráficas do Grupo Ubajara com outras unidades adjacentes, através da interpretação de imagens de sensores remotos, dados estruturais de campo e de microescala. A análise geométrica e cinemática das estruturas macro (delineadas em imagens orbitais e mapa da CPRM/UFPA), meso e microscópicas da área permitiu o reconhecimento de quatro fases deformacionais afetando o Grupo Ubajara. A fase D1 tem caráter dúctil e é caracterizada por empurrões com transporte para NW e dobras recumbentes a reclinadas, com a foliação S1 de mergulho baixo. D2 é menos expressiva na área e ocorre como dobras apertadas, com S2 de mergulho alto a médio e direção variando de NW-SE a W-E. Uma terceira fase (D3) compreende estruturas de regime transcorrente, com cinemática dextral, incluindo zonas de cisalhamento de mergulho forte e direção NE-SW, lineações de estiramento com rake baixo e dobras abertas a apertadas, com foliação (S3) de trend em torno de N-S a NNE. A forma em chifre do Granito de Mucambo denota a atuação dessa fase durante o alojamento do corpo. A fase D3 tem ocorre em faixas com elevação do grau metamórfico, sendo que a principal delas produz miloniticação de diques graníticos com direção E-W, lateralmente alojados em juntas de distensão e considerados tardios ao Plúton Mucambo. Finalmente, uma evolução (estágio tardio) a estruturas dúcteis-frágeis ou frágeis também partilha da mesma cinemática transcorrente dextral que caracteriza a fase D3 (sendo então referidas como D3t), expressa por falhas normais dextrais NE e normais (e juntas de distensão) E-W a ENE, sendo correlacionada à tectônica transtracional que controla o graben pull-apart de Jaibaras.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2490483 - ALEX FRANCISCO ANTUNES
Presidente - 346469 - EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
Interno - 350630 - ZORANO SERGIO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 05/07/2017 10:37
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