Banca de QUALIFICAÇÃO: JULIANA APARECIDA GONÇALVES LOPES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA APARECIDA GONÇALVES LOPES
DATA : 30/11/2016
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 1 (Dep. Geologia)
TÍTULO:

ESTUDO DA SUBSIDÊNCIA TECTÔNICA NA BACIA POTIGUAR COM BASE EM DADOS DE POÇOS EXPLORATÓRIOS E SEÇÕES SÍSMICAS


PALAVRAS-CHAVES:

SUBSIDÊNCIA TECTÔNICA, BACKSTRIPPING, BACIA POTIGUAR


PÁGINAS: 33
RESUMO:

A evolução de bacias sedimentares do tipo rifte pode ser explicada por modelos relativamente simples, os quais assumem que estas bacias se desenvolvem a partir de duas etapas: a extensão e afinamento da litosfera continental, a qual está associada ao falhamento de blocos rochosos e à subsidência inicial; e o subsequentemente relaxamento térmico, associado à subsidência térmica. A Bacia Potiguar, formada por esforços distensionais durante o Cretáceo Inferior, apresenta como mecanismos de subsidência: respostas isostáticas à extensão e afinamento da crosta e da litosfera, na fase sin-rifte, o que promoveu a formação de grábens assimétricos e altos internos; resfriamento e espessamento da litosfera, principalmente na fase pós-rifte; e carregamento sedimentar, que ocorre em ambas as fases. A partir da técnica de Backstripping, que envolve a remoção de cargas sedimentares e da coluna de água a fim de se obter a profundidade do embasamento na ausência de cargas de superfície, foi possível infererir as taxas de subsidência tectônica para os grábens de Apodi, Umbuzeiro e Boa Vista, na porção emersa da Bacia Potiguar. Esta técnica foi aplicada utilizando o programa BACKSTRIP, o qual calcula a subsidência total e tectônica para um dado poço, utilizando o modelo de isostasia de Airy e levando em consideração parâmetros relacionados à compactação, espessura das camadas sedimentares, paleobatimetria, variação do nível do mar, além das densidades do manto, sedimentos e água. Neste trabalho, foram utilizados dados de poços sintéticos, construídos a partir da correlação entre dados de poços exploratórios e seções sísmicas, cujas posições foram escolhidas para representar os pacotes sedimentares mais espessos em cada gráben. As curvas de subsidência tectônica na porção emersa da Bacia Potiguar apresentam uma fase rifte episódica, marcada por altas taxas de subsidência na fase inicial do rifteamento, seguida por uma subsidência moderada a nula nas fases finais da abertura do rifte na porção emersa. Os períodos com taxas de subsidência alta a moderada correspondem ao preenchimento da bacia durante a fase rifte 1 (Neoberriasiano/Eobarremiano).  Durante a fase Rifte 2 (Neobarremiano/Eo-Aptiano), caracterizada pela mudança na cinemática do rifte, ocorreu o soerguimento e erosão da porção emersa da Bacia, resultando em taxas de subsidência nula, o que não demonstra nem uma possível subsidência, nem um possível soerguimento. Na fase pós-rifte, o regime tectônico dominante é marcado pela subsidência térmica que sucede o evento de afinamento litosférico (fase Rifte). Neste período as taxas de subsidência tectônica não ultrapassam o valor de 8 m/Ma. Pode-se observar também a grande similaridade das curvas observadas com as curvas teóricas, evidenciando a consagrada credibilidade que os modelos de extensão litosférica apresentam para explicar os mecanismos de subsidência tectônica em bacias distensionais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2490483 - ALEX FRANCISCO ANTUNES
Presidente - 1315614 - DAVID LOPES DE CASTRO
Interno - 2042405 - MOAB PRAXEDES GOMES
Notícia cadastrada em: 09/11/2016 11:51
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