Banca de DEFESA: ORILDO DE LIMA E SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ORILDO DE LIMA E SILVA
DATA : 23/08/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Geofísica
TÍTULO:

EVOLUÇÃO DOS PROCESSOS DE CARSTIFICAÇÃO DA FORMAÇÃO JANDAÍRA, BACIA POTIGUAR,A PARTIR DE DADOS OBTIDOS POR LIDAR E VANT


PALAVRAS-CHAVES:

LiDAR, VANT, Geomorfologia Cárstica, Carstificação, Modelos Digitais de Elevação, Formação Jandaíra, Bacia Potiguar. 


PÁGINAS: 67
RESUMO:

Este trabalho apresenta os resultados obtidos com duas novas tecnologias que podem ser inseridas no campo das ferramentas de sensoriamento remoto, a saber: modelos digitais de elevação gerados a partir de tecnologia LiDAR (Light Detection And Ranging) aerotransportada e ortofotografias aéreas de alta resolução obtidas através de um veículo aéreo não-tripulado (VANT). Tais ferramentas tornam-se essenciais para a compreensão do Karst Jandaíra, no que diz respeito aos processos relativos ao epicarste, principalmente quanto àqueles associados à dinâmica de dissolução e colapso sobre as camadas carbonáticas. Essa dinâmica é resultante de um macroprocesso em que interagem as características lito-estratigráficas, a tectônica superimposta, bem como o ciclo hidrológico/hidrogeológico e suas oscilações no decorrer do tempo geológico.

Os modelos digitais de elevação gerados pelo processamento da nuvem de pontos obtida com tecnologia laser aerotransportada permitiram a visualização regional do relevo cárstico e sua análise em escala de semi-detalhe. Enquanto que os modelos obtidos com uso do VANT proporcionaram a análise dos processos de dissolução e colapso geradores da carstificação sobre os litotipos da Formação Jandaíra, em escala de detalhe.

Este estudo teve seu foco em dados de superfície e sub-superfície rasa permitindo a caracterização da evolução recente do carste epigênico em quatro estágios. Durante o Estágio 1 os fraturas foram abertas pelo processo de dissolução, as quais formaram caminhos verticais em escala centimétrica à métrica. O conjunto mais abrangente de fraturas concentra a dissolução. Ao longo de camadas horizontais intersectadas pelas fraturas também observa-se dissolução intraestratal e interestratal. Este sistema de canalização forneceu os caminhos para o fluxo de água, gerando avançada lixiviação. A expansão alargamento desses condutos em sub-superfície ocasiona no Estágio 2 a queda de blocos, geração de dolinas e cavernas. Durante o Estágio 3, a propagação da dissolução horizontal e vertical ao longo de fraturas e camadas causam coalescência de dolinas e captura de pequenos riachos que evoluem para vales incisos e canyons, como pode ser observado no Riacho do Livramento, afluente do rio Apodi-Mossoró, descrito na Área III deste estudo. Processos fluviais dominam a dissolução do carste Estágio 4, onde os sedimentos aluviais que recobrem a superfície cárstica carbonática, resultando no preenchimento de cavernas e dolinas ao longo do vale. Observou-se assim que a influência do controle tectônico e do acamamento sedimentar sobre o processo de carstificação ocorre em todas as fases de evolução do carste, resultando nas diversas estruturas e formas de relevo coexistentes durante os diversos estágios descritos. Os dados aqui apresentados corroboram os resultados obtidos em outros estudos utilizando dados de GPR, poços e levantamentos sísmicos, tanto na Bacia Potiguar como em outras bacias sedimentares que evidenciaram que tais estruturas podem ser preservadas após o soterramento.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1755591 - CARLOS CESAR NASCIMENTO DA SILVA
Presidente - 350640 - FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
Externo à Instituição - Pedro Xavier Neto - PETROBRAS
Notícia cadastrada em: 15/08/2016 14:44
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