Banca de QUALIFICAÇÃO: ALINE CRISTINE TAVARES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE CRISTINE TAVARES
DATA : 12/07/2016
HORA: 14:30
LOCAL: PPGG
TÍTULO:

Evolução da Zona de Fratura Romanche, Margem Equatorial do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

neotectônica, tectônica de placas litosféricas, Zona de Fratura Romanche


PÁGINAS: 23
RESUMO:

A Zona de Fratura Romanche (ZFR) teve sua formação no processo de separação dos continentes africano e sul-americano por um sistema de falhas normais (regime distensional), que geraram inicialmente grábens. Com a continuidade do afastamento das placas litosféricas, o movimento de abertura ganhou um forte componente transcorrente na área onde se formou o Oceano Atlântico Equatorial. A ZFR é a segunda maior zona de fratura oceânica do planeta, com seu segmento ativo (entre dois segmentos da cadeia meso-atlântica) com cerca de 950 km de rejeito lateral. Ela estende-se, à oeste, do centro de espalhamento oceânico até a margem continental brasileira e apresenta evidências de continuidade na plataforma continental e no continente. Embora as zonas de fratura oceânicas estejam entre as maiores estruturas geológicas existentes no planeta, estas são ainda pouco conhecidas quanto às suas características e à sua influência na formação da margem continental e das bacias sedimentares adjacentes. No nordeste do Brasil, as zonas de fratura oceânicas próximas à interface plataforma continental-continente dividem a margem continental brasileira em diferentes segmentos, ao longo dos quais diferentes bacias sedimentares se desenvolveram de forma independente. Sendo assim, a possibilidade de as zonas de fratura oceânicas continuarem influenciando o ambiente tectônico ao longo dos seus segmentos afastados das dorsais meso-oceânicas vem sendo considerada por um crescente número de estudos. A metodologia desta pesquisa está focada na integração de dados geofísicos através de uma inversão conjunta 2D de gravimetria, magnetometria e sísmica de reflexão. Também estão sendo integrados dados sismológicos, de poços e batimétricos. Os objetivos do trabalho são (1) analisar e delimitar a deformação gerada pela ZFR nas crostas oceânica e continental, no substrato que as recobre e nas bacias sedimentares adjacentes; (2) verificar se a ZFR apresenta atividade tectônica em seu estágio intraplaca; (3) identificar se as bacias oceânicas adjacentes à ZFR têm subsidência térmica ou podem ter sofrido soerguimento associado à inversão tectônica e qual a causa desse processo. Para tanto, foi preciso (a) identificar e analisar o arcabouço estrutural da região; (b) delimitar lateralmente as crostas continental e oceânica, e seus limites inferiores com a Descontinuidade de Mohovicic; (c) delinear a extensão da ZFR até a margem continental brasileira. A altitude das bacias oceânicas mais elevadas a sul da ZFR em relação às bacias a norte indica soerguimento vertical das primeiras, não previsto por modelos de subsidência térmica. A ZFR é de difícil visualização em mapas batimétricos porque é geralmente coberta por uma espessa camada de sedimentos, mas aparece bem marcada em mapas aeromagnéticos e gravimétricos. Adicionalmente, há evidências de deformação neotectônica em sedimentos superficiais das bacias oceânicas adjacentes à ZFR


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1315614 - DAVID LOPES DE CASTRO
Interno - 350640 - FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
Interno - 2042405 - MOAB PRAXEDES GOMES
Notícia cadastrada em: 09/07/2016 21:54
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