Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO RODRIGUES DA SILVA BISNETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO RODRIGUES DA SILVA BISNETO
DATA : 16/11/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

BARRAGENS, LUGARES E RESISTÊNCIAS: O PROCESSO DE DESLOCAMENTO DA COMUNIDADE DE BARRA DE SANTANA JUCURUTU/RN.


PALAVRAS-CHAVES:

Deslocamentos Forçados. Barragem de Oiticica. Movimento dos Atingidos por Barragens. Lugar-Território. Desenvolvimento Alternativo


PÁGINAS: 130
RESUMO:

A luta dos atingidos por barragens ocorrem por todo o país, em algumas regiões essas lutas são revestidas por discursos e características especificas com relação as suas dinâmicas próprias. De forma geral, a atmosfera dos projetos de construção de barragens é composta por elementos que lhes são comuns. As vozes ecoadas pelas comunidades são esquecidas na redação da história oficial, na qual são levados em considerações apenas os benefícios e a grandiosidade das obras, minimizando os impactos socioambientais negativos e o sofrimento dos atingidos. Habitantes de um lugar que deixará de existir, os moradores atingidos pela Barragem de Oiticica conseguiram empreender um processo justo de ocupação e paralisação do canteiro de obras, com o objetivo de garantir que as águas possibilitem apenas benefícios para todos. Ao romper com a lógica da injustiça ambiental, as vozes entoadas pelos atingidos revelaram a ligação existencial dos moradores ao seu lugar-território. Portanto, o objetivo principal desse trabalho é: compreender como o processo de construção da Barragem de Oiticica se repercutiu na comunidade Barra de Santana – Jucurutu/RN, no que se refere a sua relação com o atual lugar de vida e as perspectivas com o lugar de reassentamento. Na busca por essa compreensão foram empreendidos passos metodológicos afim de se captar os sentidos desse fenômeno. Aqui, o papel do pesquisador foi de estabelecer conexões entre as narrativas já existentes e aquelas que serão realizadas pelos sujeitos que vivenciam todo esse processo. O que já foi dito, sobre os deslocamentos de populações pela construção de barragens, evidencia a falta de compromisso dos responsáveis pelas obras, com os direitos humanos e a legislação ambiental. Portanto, não dá mais para encarar com naturalidade as arbitrariedades e injustiças que já foram cometidas e aquelas que ainda tentam ser impostas às comunidades. Ao conseguirem desviar dos discursos que tentaram relativizar os impactos ambientais e negligenciar os seus direitos, os moradores de Barra de Santana garantiram as conquistas necessárias para um reassentamento mais justo e a clareza de terem nas próprias mãos o destino do seu futuro coletivo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6350736 - EUGENIA MARIA DANTAS
Interno - 1777712 - ALESSANDRO DOZENA
Interno - 1810361 - PABLO SEBASTIAN MOREIRA FERNANDEZ
Notícia cadastrada em: 01/11/2021 08:07
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