Banca de DEFESA: FRANCISCA DIANE PEREIRA DE FARIAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCA DIANE PEREIRA DE FARIAS
DATA : 04/05/2021
HORA: 08:00
LOCAL: BANCA REMOTA (Plataforma Google Meet)
TÍTULO:

O CIRCUITO ESPACIAL DE PRODUÇÃO DO VESTUÁRIO:  OS USOS DO TERRITÓRIO DO RIO GRANDE DO NORTE NO CONTEXTO TÉCNICO-CIENTÍFICO-INFORMACIONAL


PALAVRAS-CHAVES:

Meio técnico-científico-informacional; uso do território; circuito espacial de produção do vestuário


PÁGINAS: 375
RESUMO:

O período técnico-científico-informacional ampliou as possibilidades de expansão e comando das atividades econômicas capitalistas a nível global. Nesse contexto, a modernização do sistema de telecomunicações e de transportes se converteram nas ferramentas que viabilizaram o aumento dos fluxos materiais e imateriais e o alargamento da divisão territorial do trabalho, além do novo papel que a financeirização e o crédito assumiram no contexto da economia mundial. No Brasil, esse processo se intensifica a partir de 1970, o que possibilitou o aprofundamento da divisão territorial do trabalho a nível nacional e, a ampliação e o surgimento de novos circuitos espaciais de produção. Nessa conjuntura, foram ensejadas novas formas de uso do território no Rio Grande do Norte pelos agentes hegemônicos da economia, em consonância com as ações do Estado. Promoveu-se, portanto, um processo de reestruturação de seu território e das atividades econômicas preexistentes, dentre elas, a indústria têxtil de confecções e vestuário que passou a ser comandada por grandes empresas oriundas, sobretudo, do Sudeste do país. No que tange especificamente o setor do vestuário, verifica-se a configuração de um circuito espacial de produção amplo e diverso, em termos de agentes, de escalas, de redes e fluxos materiais e imateriais. Desta forma, a tese defendida parte da premissa de que, a difusão do meio técnico-científico-informacional no Brasil e, as políticas de incentivo ao desenvolvimento industrial fomentadas pelo Estado, ampliaram e diversificaram o circuito espacial de produção do vestuário no Rio Grande do Norte a partir do aumento do fluxo de mercadorias, da atração de grandes grupos econômicos externos, do surgimento de médias e pequenas empresas locais e da expansão territorial em escala nacional do Grupo Guararapes. Diante disso, tivemos como objetivo compreender como se configura o uso do território potiguar pelo circuito espacial de produção do vestuário no contexto técnico-científico-informacional. Para tanto, o estudo se baliza na concepção teórico-metodológica dos circuitos espaciais de produção e nas contribuições dos diversos interlocutores, entre os quais se destaca o geógrafo Milton Santos, além de outros autores que ampliam a reflexão acerca da atual conjuntura econômica global, como David Harvey, François Chesnais, Georges Benko e outros. Os resultados obtidos ratificam a tese apresentada de que o processo de reestruturação produtiva, a diversificação do meio técnico-científico-informacional em consonância com a financeirização possibilitaram diversas formas de uso do território do Rio Grande do Norte pelo circuito espacial de produção do vestuário. A atuação de pequenas empresas de capital local como Del Rayssa, Daya, Miss Modas, dentre outras, apresentam estratégias de organização e expansão das etapas da produção, circulação e comércio subsidiadas por elementos inerentes a este processo, contudo, a escala de ação desses agentes estão circunscritas as dimensões local e regional, apresentando níveis variados  no que tange ao conteúdo técnico empregado e na incorporação das variáveis advindas da financeirização, o que dificulta, entre outros fatores, o alargamento de suas escalas de realização territorial. Por outro lado, empresas de atuação nacional, como o Grupo Guararapes, ampliaram sua participação territorial no circuito espacial de produção do vestuário, a partir da articulação entre políticas de incentivo a industrialização promovidas pelo Estado, da adoção da flexibilização produtiva, das ferramentas do meio técnico-científico-informacional para o uso racional e logístico do território potiguar e nacional, e da associação entre capital industrial, comercial e financeiro.  


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2346233 - FRANCISCO FRANSUALDO DE AZEVEDO
Interna - 2615432 - JANE ROBERTA DE ASSIS BARBOSA
Interno - 1530760 - RAIMUNDO NONATO JUNIOR
Externo à Instituição - ARTHUR MAGON WHITACKER
Externa à Instituição - MÁRCIA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 16/04/2021 10:37
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