Banca de QUALIFICAÇÃO: ADRICIA FONSECA MENDES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ADRICIA FONSECA MENDES
DATA : 26/04/2018
HORA: 09:30
LOCAL: Auditório do NUPEP
TÍTULO:

PERCEPÇÃO DE RISCOS DE DESASTRES E PREPARAÇÃO DAS COMUNIDADES ESCOLARES DE ENSINO FUNDAMENTAL I 


PALAVRAS-CHAVES:

Desastre; Criança; Preparação; Simulado; Escola; Percepção de risco


PÁGINAS: 80
RESUMO:

Os desastres acarretam danos materiais, perdas de vidas de animais e humanas, sendo que o maior número de vidas humanas perdidas diz respeito a crianças, adolescentes, mulheres, pessoas com deficiência, idosos e pobres. Em países cuja população foi educada e preparada para enfrentar eventos desastrosos, ocorreram reduções significativas de vítimas. Como muitas comunidades escolares de ensino fundamental I localizam-se em áreas de riscos de desastres, e concentram grande quantidade de pessoas mais vulneráveis a desastres, pois reúnem crianças menores de quinze anos, formalmente, é fundamental que elas recebam ações de preparação para enfrentar os riscos e desastres. As escolas de educação básica, como também são denominadas, poderão desempenhar um papel facilitador crucial para desenvolver e aguçar as percepções de riscos em sua população, em especial, nas crianças, e promover treinamentos que propiciem o desenvolvimento de atitudes e habilidades seguras e resilientes no enfrentamento de possíveis riscos e desastres. O Brasil é o país da America Latina que possui o maior contingente de crianças e adolescentes. Embora existam diversos fatores que determinam a percepção de risco das crianças e jovens, o fato é que quanto mais jovens e imaturas forem elas, menor é a percepção de risco, maior é a vulnerabilidade a riscos e desastres e maior é a dependência de outras pessoas. No entanto, as crianças são capazes de expressar suas opiniões livremente e de participar de todos os assuntos que afetam suas vidas. Diante disso, este projeto de pesquisa tem como objetivo geral elaborar diretrizes para a melhoria da percepção de riscos das crianças das escolas de Ensino Fundamental I da cidade de Natal/RN. Serão utilizados métodos quantitativos (pesquisa survey) e qualitativos (grupo focais e estudo de caso) caracterizando esta pesquisa como um estudo multimétodo. A pesquisa será realizada em escolas da rede pública municipal e estadual do Ensino Fundamental I (anos iniciais – 1° ao 5° ano) da cidade de Natal/RN, em três etapas principais A primeira delas consistirá na realização de uma pesquisa survey em escolas localizadas nas quatro zonas administrativas, norte, sul, leste e oeste da cidade de Natal/RN. Para a realização da pesquisa survey será aplicado um questionário semi-estruturado, com a finalidade de investigar a percepção que os alunos têm dos riscos a que estão expostos na escola, no bairro e na cidade, bem como as habilidades que possuem para enfrentar os possíveis riscos e desastres a que podem estar expostos. A amostra do estudo será constituída por alunos do 5° ano. A técnica empregada nesta fase para a seleção das escolas será a amostragem estratificada, em virtude das diferenças sociais, econômicas e culturais entre as quatro zonas, bem como as quantidades, graus distintos de áreas de risco e número de alunos nelas presentes. A segunda e a terceira fases ocorrerão também com alunos do 5° ano de uma escola localizada no bairro de Mãe Luíza (Natal/RN). Como critérios de escolha da referida escola, além do acesso, têm-se o fato de que o bairro e a escola mencionados localizam-se em de risco alto e muito alto de desastre. Além disso, este bairro tem sido atingido por diversos desastres ao longo dos anos, um dos quais ocorrido nos dias 13 e 15 de junho de 2014, gerando alto impacto, com a formação de uma imensa cratera, cuja área de abrangência chegou próxima à área da referida escola, que ficou alagada pelas chuvas. Concernente à segunda etapa, será aplicada a técnica de grupos focais, com o intuito de restituir aos membros da comunidade escolar em questão, os resultados obtidos na pesquisa survey. Os grupos focais terão duração média de 60 minutos e contarão com cerca de três a cinco alunos em cada grupo. Nesta fase, os alunos poderão discorrer livremente acerca das questões abordadas na pesquisa survey, com a finalidade de identificar se a percepção de risco inicial, proferida pelos membros da escola em que foi realizado o estudo de caso, será modificada ou não, a partir da confrontação do resultado global da percepção de risco do conjunto de todas as escolas, propiciada pelo survey. A terceira etapa consistirá na realização de um estudo de caso na escola em que ocorreram os grupos de foco. Alunos, professores e demais funcionários desta escola receberão, previamente, informações e orientações genéricas sobre um possível exercício simulado de evacuação da escola - em função de um evento crítico postulado -, a ser realizado em uma data futura e em turno não definido, para garantir o maior realismo possível. O exercício simulado será observado por um grupo de observadores e um instrumento de avaliação será aplicado, em que serão registrados quesitos relacionados ao gerenciamento de riscos e desastres, concernentes à percepção de riscos, ao uso de tecnologias, aos comportamentos adotados e às habilidades individuais e coletivas (cooperação, coordenação) exercidas durante a evacuação da área de risco. Imediatamente após o referido exercício, será realizado um debriefing com os participantes para auto-avaliarem o exercício simulado realizado. A finalidade é a de, em conjunto, os participantes discutirem os pontos positivos, que precisam ser mantidos e potencializados, e os negativos, que precisam ser eliminados ou melhorados, trocarem experiências, no sentido de melhorarem a percepção de risco e as habilidades de segurança e de resiliência em uma possível situação real de risco e desastre. Espera-se, com esta pesquisa: identificar os principais aspectos da situação, que propiciam e dificultam a percepção de riscos de desastres das crianças do Ensino Fundamental I; identificar e analisar as diversas estratégias e formas de enfrentamento do risco e desastre, no âmbito individual e coletivo; identificar e analisar as formas de cooperação e coordenação praticadas; identificar e analisar o uso de tecnologias; elaborar diretrizes para a evacuação segura e resiliente das crianças das escolas em situação de risco de desastre; formalizar um modelo de exercício simulado para evacuação de crianças de escolas em situação de risco, no intuito de melhorarem a percepção de risco e as habilidades no enfrentamento deste tipo de situação.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1218831 - CARLA ALMEIDA VIVACQUA
Externo ao Programa - 1217091 - PITAGORAS JOSE BINDE
Presidente - 1217772 - RICARDO JOSE MATOS DE CARVALHO
Externo ao Programa - 2758574 - SARA RAQUEL FERNANDES QUEIROZ DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 03/04/2018 10:53
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