Banca de DEFESA: ISADORA CRISTINA MENDES GOMES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISADORA CRISTINA MENDES GOMES
DATA : 26/02/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 222- CTEC
TÍTULO:

IMPACTOS AMBIENTAIS, SOCIAIS E ECONÔMICOS DA UTILIZAÇÃO DO SISTEMA ÁGUA VIVA NO PROJETO DE ASSENTAMENTO MONTE ALEGRE I – UPANEMA/RN: os olhares das técnicas e agricultoras


PALAVRAS-CHAVES:

Sustentabilidade. Tecnologia Social. Mulheres. Impactos Ambientais. Impactos Sociais. Impactos Econômicos.


PÁGINAS: 165
RESUMO:

Este trabalho emergiu da necessidade de se voltar esforços para a superação do paradigma que considera que o desenvolvimento é unicamente ligado ao crescimento econômico alicerçado no uso intensivo de tecnologia, o que tem invisibilizado saberes e práticas diversas no decorrer da história. Orientando-se, principalmente, em fundamentos de Sustentabilidade e Convivência com o Semiárido e buscando apresentar as contribuições, resistências e alternativas protagonizadas pelas mulheres nesse sentido, realizou-se um estudo de caso, de natureza aplicada, com o objetivo de compreender os impactos ambientais, sociais e econômicos da utilização do Sistema Água Viva no Projeto de Assentamento Monte Alegre I – Upanema/RN a partir dos olhares das técnicas e agricultoras. Tal sistema é uma tecnologia social de reuso de água cinza que capta a água a ser reaproveitada a qual passa por uma filtragem até ser liberada para uso nos quintais e foi construída num esforço de entidades e de um grupo de mulheres agricultoras. Para atingimento do proposto, a coleta de dados foi realizada por meio de pesquisa exploratória, documental e bibliográfica, observação direta e entrevistas semiestruturadas com as sujeitas envolvidas, tendo uma abordagem qualitativa, que se valeu de categorização e análise do discurso para investigação dos dados. A compreensão dos dados mostrou que, à luz do referencial bibliográfico e das falas das sujeitas, o Sistema Água Viva contribuiu positivamente na questão da eliminação de resíduos poluentes e que as práticas de cultivo e criação foram alteradas após uso do sistema. A análise mostrou ainda que a auto-organização local das mulheres foi fator central no processo de criação e construção da tecnologia social e que tal processo é visto pelas agricultoras e técnicas como algo que possibilitou aprendizados vários, apesar de as agricultoras não se veem como pensantes da tecnologia. A utilização da tecnologia social fortalece a autonomia econômica das mulheres e estas percebem mais nitidamente o impacto econômico daquilo que produzem quando registram os dados referentes a sua produção, consumo e trocas. A partir destes resultados, o trabalho aponta para a necessidade de se pensar e construir coletivamente alternativas de convivência com o semiárido que possam alterar as relações entre os próprios sujeitos e destes com o ambiente. Indo mais além, evidencia-se que é urgente que se pense na sustentabilidade da vida a partir da criação e manutenção de condições materiais ou imateriais que se relacionam diretamente com a sobrevivência da natureza, considerando a realidade de grupos que marginalizados, sobretudo aqueles localizados sob a tripla dimensão de gênero, classe e raça.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1723208 - CILIANA REGINA COLOMBO
Interno - 1148696 - FERNANDA CRISTINA BARBOSA PEREIRA QUEIROZ
Externo ao Programa - 1678883 - CIMONE ROZENDO DE SOUZA
Externo à Instituição - ANDREA LORENA BUTTO ZARZAR - UFRPE
Notícia cadastrada em: 11/01/2018 09:02
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