Banca de DEFESA: DÉBORAH PRISCYLLA BEZERRA CORRÊA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DÉBORAH PRISCYLLA BEZERRA CORRÊA
DATA : 27/02/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Escola de Saúde da UFRN- Formato Remoto
TÍTULO:

ATENÇÃO À SAÚDE MENTAL NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA: CONSTRUÇÃO DE UMA TECNOLOGIA EDUCATIVA COMO FERRAMENTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE


PALAVRAS-CHAVES:

Atenção Primária à Saúde; Equipe Saúde da Família; Saúde Mental; Estudos qualitativos; Tecnologia educativa.


PÁGINAS: 158
RESUMO:

Os altos índices de adoecimento mental têm sido um relevante problema de saúde pública mundial, destacando-se a necessidade do desenvolvimento de pesquisas na área da saúde mental e de tecnologias que qualifiquem os profissionais para prestar uma assistência de melhor qualidade aos usuários em sofrimento mental. Diante deste contexto, a Atenção Primária à Saúde (APS), por ser porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS) e por exercer um papel importante na gestão do SUS, torna-se imprescindível, uma vez que se faz imperativa a necessidade de adequação do processo de trabalho desenvolvido pelas equipes da APS diante das demandas de saúde mental. Logo, este estudo trata de uma pesquisa descritiva exploratória e de abordagem qualitativa que objetivou analisar a atenção à saúde mental prestada pelas equipes de Saúde da Família no município de Parnamirim/RN, bem como identificar as tecnologias e ferramentas de trabalho adotadas pelas equipes para viabilizar ações de saúde mental, identificar os problemas, fragilidades e potencialidades relacionados à demanda de saúde mental do ponto de vista do profissional da APS e elaborar, a partir da pesquisa, uma tecnologia educativa com vistas a contribuir com o processo de formação dos profissionais da APS. Consoante ao universo do estudo, trabalhou-se com os profissionais de saúde que compõem as equipes de Estratégia Saúde da Família dos sete territórios do município, totalizando 20 sujeitos, sendo eles: médico(a)s, enfermeiro(a)s, técnico(a)s de enfermagem e agentes comunitários de saúde. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas individuais com roteiro semiestruturado. Os dados das entrevistas foram codificados, sumarizados, sistematizados e analisados com o auxílio de software para análise de dados qualitativos, o ATLAS.ti versão 23, e, para análise, foi utilizado o método de Análise Temática de Bardin, originando cinco categorias de análise: 1) Práticas em Saúde Mental ofertadas pelos profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF): o que se vê e o que se faz; 2) O acolhimento como tecnologia do cuidado em Saúde Mental na APS: o real e o ideal; 3) “Nós” na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS): o que se sabe e o que se faz; 4) Limites e possibilidades do Cuidado em Saúde Mental na APS; 5) Educação Permanente como potencial para qualificação das práticas em Saúde Mental. De maneira geral, o principal resultado mostrou um cuidado fragmentado no que concerne à saúde mental, uma baixa articulação entre a APS e os serviços que formam a RAPS, inviabilizando o cuidado integral. As práticas de “cuidado em saúde mental” prevalecem baseadas em um modelo essencialmente biomédico e com forte medicalização. Em relação às limitações para o cuidado em saúde mental na APS encontradas, destaca-se a falta de capacitação, os recursos insuficientes, os problemas na articulação da rede de atenção, a fragilidade da rede de atenção psicossocial sem fluxos bem definidos, a dificuldade de acesso à rede, a falta de comunicação, a sobrecarga de trabalho, a ausência de matriciamento. No entanto, foram apresentadas pelos profissionais potencialidades no que se refere à APS, pois veem como um espaço propício para construção de vínculos, de longitudinalidade e de resolutividade. As sugestões apontam para a realização de atividades de educação permanente e para a elaboração de instrumentos estratégicos que ajudem os profissionais a lidarem com maior segurança com as demandas de saúde mental. A partir dos achados do estudo, elaborou-se como produto técnico uma tecnologia educativa no formato de cartilha (cartilha de saúde mental: acolhendo o sofrimento mental na APS). O material elaborado, direcionado aos profissionais de saúde da APS, contendo informações a serem utilizadas nas práticas profissionais como um instrumento de qualificação, tem potencial de provocar impacto tanto nos serviços de saúde do município onde ocorreu o estudo como nos demais serviços da APS que revelarem similaridade com esta pesquisa, a fim de aprimorar, assim, a assistência aos usuários em sofrimento mental e de promover o cuidado integral.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2295095 - LYGIA MARIA DE FIGUEIREDO MELO
Interna - 2566534 - JACILEIDE GUIMARAES
Externa à Instituição - MARIA JACQUELINE ABRANTES GADELHA
Notícia cadastrada em: 16/02/2024 09:34
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