Banca de DEFESA: PATRÍCIA DIÓGENES DE MORAIS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : PATRÍCIA DIÓGENES DE MORAIS
DATA : 28/06/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Escola de saúde - UFRN
TÍTULO:

VALIDAÇÃO DE INSTRUMENTO PARA DIAGNÓSTICO DA MÁ OCLUSÃO NA DENTIÇÃO DECÍDUA POR CIRURGIÕES-DENTISTAS


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde Pública, Ortodontia, Má oclusão


PÁGINAS: 53
RESUMO:

A má oclusão decorre de alterações no posicionamento dentário e mau relacionamento dos ossos maxilares, sendo considerada um fenômeno das civilizações modernas que pode ser enquadrada como problema de Saúde Pública. Objetiva-se validar um instrumento para o diagnóstico da má oclusão na dentição decídua por cirurgiões-dentistas. Trata-se de estudo metodológico desenvolvido em duas etapas. A primeira constou da validação de conteúdo e aparência por um painel de juízes composto por cinco cirurgiões-dentistas especialistas em ortodontia; e pela análise semântica dos itens, com a utilização da técnica de “brainstorming”, que consistiu em checar a compreensão dos itens por dois grupos de três cirurgiões-dentistas não especialistas em ortodontia. Na segunda etapa, foi avaliada as propriedades psicométricas, que incidiu na avaliação do instrumento por três cirurgiões-dentistas, em duas ocasiões diferentes, o mesmo grupo de 114 crianças, com idade de três a cinco anos, verificando a fidedignidade do instrumento. A análise dos dados foi realizada por meio do Índice de Validade de Conteúdo (IVC), coeficiente de concordância de Kappa (K) e coeficiente de correlação de Spearman. A pesquisa seguiu todos aspectos éticos e legais de pesquisa em seres humanos, obtendo o parecer da Comissão de Ética em Pesquisa sob o nº 2.803.127. Em relação à clareza, o Domínio I, referente a identificação da criança, obteve IVC=1. O Domínio II, relativo aos critérios de avaliação, se compôs, inicialmente, por 11 itens, quatro foram avaliados com IVC=1, quatro com IVC=0,8, no entanto, os itens VII e VIII foram considerados não claros ou pouco claros, com IVC 0,6 e 0,2. O Domínio III, referente ao resultado geral, os dois itens que o compõe receberam IVC=1; o instrumento como um todo, dois itens receberam IVC=1 e um IVC=0,8. Sobre à relevância, dos itens do Domínio II, sete obtiveram IVC=1 e dois IVC=0,8, contudo, os itens VII e VIII foram considerados pouco relevantes ou irrelevantes, com IVC 0,66 e 0,50. A representatividade do Domínio III apresentou IVC=0,8. Na avaliação dos três domínios quanto a abrangência, verificou-se que dois obtiveram IVC=1,00 e um obteve IVC=0,8; e o instrumento como um todo apresentou IVC=0,8. De acordo com as sugestões dos juízes, o instrumento foi modificado, obtendo a versão primária. Quanto a análise semântica, observou-se que dos dez itens que compõe a versão primária do Domínio II, oito foram considerados totalmente compreensíveis, no entanto, os itens VIII e X foram considerados não ou pouco compreensíveis, com IVC 0,66 e 0,50. Os três domínios do instrumento obtiveram IVC=1,00 em relação ao entendimento dos itens e palavras; e preenchimento das respostas. De acordo com as sugestões, obteve-se a versão secundária do instrumento. Os itens e domínios da versão secundária, obteve IVC=1,00 em todos os aspectos analisados. Ao avaliar as propriedades psicométricas, observou-se que houve uma boa concordância interavaliadores (K≥0,6), e que o instrumento se mostrou consistente no tempo e no espaço pelos três observadores, obtendo o coeficiente de Spearman forte (r>0,6). Na aplicação do instrumento, verificou-se que a maioria das crianças (97,3%) foram diagnosticadas com necessidade de avaliação pelo ortodontista (pontuação ≥15). Assim, aceita-se a hipótese alternativa do estudo, no qual se evidencia que o instrumento para o diagnóstico da má oclusão na dentição decídua por cirurgiões-dentistas possui fortes evidências de validade. Desse modo, espera-se que o produto construído nesse estudo permita ao cirurgião-dentista orientar e encaminhar as crianças para serviços especializados ainda na fase de dentição decídua, garantindo uma atenção integral a essa população.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2212238 - CLEONICE ANDREA ALVES CAVALCANTE
Externa à Instituição - GEORGIA COSTA DE ARAUJO SOUZA - UERJ
Presidente - 2474945 - IZAURA LUZIA SILVERIO FREIRE
Externa ao Programa - 4177365 - JULIANA TEIXEIRA JALES MENESCAL PINTO
Interna - 2307755 - MARIA JALILA VIEIRA DE FIGUEIREDO LEITE
Notícia cadastrada em: 06/06/2019 14:28
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