Banca de QUALIFICAÇÃO: DMETRYUS TARGINO MARQUES DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DMETRYUS TARGINO MARQUES DE SOUZA
DATA : 08/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Virtual do Google Meet
TÍTULO:

Morte e Vida de um pequeno Centro Histórico


PALAVRAS-CHAVES:

Cidade Alta; Direito à Cidade; Cultura; Centros históricos; Urbano.


PÁGINAS: 164
RESUMO:

O bairro da Cidade Alta, na cidade de Natal/RN, vem se consolidando enquanto um dos principais focos de lazer desde 2018. Diferentes grupos, coletivos, associações privadas e poder público vêm atuando no bairro, integrante do centro histórico de Natal, transformando o espaço público (e privado) por meio de intervenções efêmeras (festas, festivais, eventos, shows, etc.) e permanentes (projetos e reformas) em nome de sua “revitalização”. Nos discursos e narrativas que apresentam o centro enquanto espaço “morto”, revelam-se estratégias referentes à tendência ao processo de turistificação dos centros históricos por meio de uma urbanística identitária que se utiliza das qualidades espaciais destes. Por outro lado, surgem também movimentos e coletivos que atuam no sentido de promover trocas realizadas a partir da relação dos sujeitos com o espaço promovendo a identidade através de práticas cotidianas. Neste sentido, o espaço urbano enquanto lócus da disputa entre os diferentes onde se desvelam os conflitos que aparecem sob a forma da luta pelo espaço - este compreendido como espaço das restrições, mas também da liberdade - nos remete à ideia de Direito à Cidade de Lefebvre. Os procedimentos desenvolvidos se debruçaram na busca pelo entendimento de como a apropriação dos espaços públicos da Cidade Alta apontam em direção ao valor de uso a partir do estudo sobre a relação entre as apropriações dos espaços públicos e o Direito à Cidade, sob uma perspectiva lefebvriana. A investigação partiu da hipótese de que as contradições decorrentes das atuais intervenções nos espaços públicos da Cidade Alta expõem possibilidades de apropriação do espaço. Para compreender o presente e as diferentes finalidades que orientam as ações dos grupos no caminho de um devir possível, utilizou-se a o recurso da entrevista aberta para compreender a perspectiva dos agentes envolvidos. Uma vez que o bairro é um centro comercial e histórico, contém uma multiplicidade de agentes consolidados historicamente, assim como é palco de insurgências e novas formas de apropriação do espaço público na cidade, quaisquer intervenções podem resultar em imbróglios por se tratar de uma área delicada. O culturalismo de mercado aliado a um urbanismo identitário orientado por um planejamento estratégico que atua no sentido de aferir um “diferencial” para a cidade, fomentam outras formas de frequentar o centro. Através da ampliação do fluxo de pessoas em direção ao centro de “lazer”, fomenta-se o consumo do lugar através da construção de um lugar de consumo. Por meio do “desvio”, as apropriações que precederam os projetos de revitalização foram capazes de reintroduzir o sentido do espaço público enquanto lócus do encontro e das diferenças, local privilegiado da vida cotidiana e do possível, das trocas que são orientadas pelo valor de uso.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 347575 - AMADJA HENRIQUE BORGES
Externa à Instituição - LIVIA IZABEL BEZERRA DE MIRANDA - UFCG
Interna - 350489 - RUTH MARIA DA COSTA ATAIDE
Notícia cadastrada em: 25/06/2021 17:50
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