Banca de QUALIFICAÇÃO: GIORDANA CHAVES CALADO TIMENI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIORDANA CHAVES CALADO TIMENI
DATA : 07/12/2018
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de aula do PPGAU/UFRN
TÍTULO:

O ESPAÇO NO ESCURO: a vivência dos cegos como base para a compreensão sensível da área urbana


PALAVRAS-CHAVES:

Pessoas cegas; Espaço Urbano, Experiência Ambiental; Percepção ambiental; Orientação e Mobilidade.


PÁGINAS: 167
RESUMO:

Esta pesquisa se desenvolveu a partir de uma pergunta inicial: Como o entendimento do espaço urbano por pessoas que não dispõem do sentido da visão pode contribuir para o planejamento de uma cidade mais adequada a todas as pessoas? Como resposta preliminar a essa questão defendemos a hipótese que o reconhecimento da percepção sensível da cidade pelos cegos possibilitaria a utilização mais consciente dessas informações pelo planejamento urbano, tornando a cidade mais acessível a todos. Assim, com base nos aspectos sociais e físicos da deficiência visual, a presente tese se dispôs a investigar os recursos utilizados pela pessoa cega durante a sua locomoção no ambiente urbano. Nesse contexto, o objetivo geral do estudo empírico tratou de compreender os elementos que compõem a percepção do espaço urbano pelas pessoas cegas, a fim de detectar ideias favoráveis ao planejamento do espaço urbano. Conduzidos por um paradigma de análise espacial fundamentado no ser humano e na relação pessoa-ambiente, a investigação analisou a percepção de pessoas cegas durante a sua movimentação pela cidade, tendo como alicerce suas condições de orientação/mobilidade e os conceitos de ambiência urbana, experiência ambiental, affordance e wayfinding.  A fim de provocar a discussão sobre estratégias multissensoriais utilizadas na compreensão do espaço urbano, evocando sentidos como o olfato, audição, tato e o paladar, a pesquisa ocorreu em dois momentos a saber: (i) visita a centros de treinamento de orientação e mobilidade; (ii) contato com pessoas cegas dispostas a contribuir com a pesquisa e que apresentassem condições para mobilidade autônoma pela cidade. Visando compreender os recursos utilizados cotidianamente por estas pessoas em seu processo de locomoção, essa última etapa correspondeu a um experimento planejado que ocorreu em um setor urbano adjacente ao Instituto de Cegos do Rio Grande do Norte, no bairro do Alecrim, Natal, RN. A atividade incluiu entrevistas individualizadas, percurso comentado acompanhado de recursos tecnológicos, desenho estória e grupo focal, os quais subsidiaram a confecção de mapas sensoriais da área urbana escolhida. Esse documento apresenta parte da tese em desenvolvimento, a ser defendida até o final do semestre 2019.2. Até o presente momento, os dados obtidos indicam que ser possível afirmar que o reconhecimento/identificação do ambiente pelos cegos é subsidiado por sua percepção, cognição e memória, e que a análise do movimento deste corpo no espaço possibilita a definição de subsídios multissensoriais para uma projetação arquitetural que, não apenas proporcione mais inclusão espacial de tais indivíduos, mas que represente qualidade ambiental para todas as pessoas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANGELINA DIAS LEAO COSTA - UFPB
Interno - 1720813 - GEORGE ALEXANDRE FERREIRA DANTAS
Presidente - 1149643 - GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
Externo à Instituição - NÚBIA BERNARDI - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 14/11/2018 14:45
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa07-producao.info.ufrn.br.sigaa07-producao