Banca de DEFESA: HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : HILMAYNNE RENALY FONSECA FIALHO
DATA : 24/11/2023
HORA: 15:00
LOCAL: HÍBRIDO - SALA 3 DA FACISA
TÍTULO:

ANÁLISE DE FATORES BIOMECÂNICOS DA CADEIA CINÉTICA DE INDIVÍDUOS COM DOR NO OMBRO EM RELAÇÃO AOS ASSINTOMÁTICOS


PALAVRAS-CHAVES:

Sistema musculoesquelético. Desempenho físico funcional. Exame
físico. Amplitude de movimento articular. Equilíbrio postural.


PÁGINAS: 91
RESUMO:

INTRODUÇÃO: O conceito de cadeia cinética propõe uma visão corporal através de uma
série de elos interdependentes responsáveis pela transmissão sequencial de energia ao longo
dos sistemas musculoesquelético e fascial. Alterações em componentes da cadeia cinética
podem prejudicar essa transmissão de energia e sobrecarregar estruturas corporais adjacentes,
podendo relacionar-se ao risco de dor e lesões no ombro. Comprometimentos biomecânicos em
diferentes segmentos corporais já foram investigados em atletas com dor no ombro. No entanto,
a associação entre fatores relacionados à cadeia cinética e a dor no ombro em indivíduos fora
do contexto esportivo ainda não está estabelecida. Além disso, a síntese das características
biomecânicas desse público ainda não foi apresentada na literatura.
OBJETIVOS: Verificar a associação entre fatores biomecânicos relacionados à cadeia cinética
e a presença de dor no ombro e sintetizar a literatura que investigou alterações em componentes
da cadeia cinética de indivíduos com dor no ombro em comparação aos assintomáticos.
MÉTODOS: Trata-se de dois estudos: uma pesquisa de caráter transversal e uma revisão
sistemática. O primeiro investigou a estabilidade lombo-pélvica, a amplitude ativa de
movimento e o pico de força muscular isométrica de indivíduos com e sem dor no ombro. Uma
regressão multivariada logística binária foi realizada no software IBM® SPSS® 25 para analisar
a chance de cada indivíduo fazer parte de um dos grupos (com ou sem dor no ombro). O segundo
reuniu os achados de estudos observacionais indexados até dezembro de 2022 nas bases de
dados MEDLINE, CINAHL, Web of Science, EMBASE e SCOPUS. O risco de viés foi
analisado pela Joanna Briggs Institute Critical Appraisal Tool for Analytical Cross-Sectional
Studies e a qualidade da evidência foi definida pelo Grading of Recommendations, Assessment,
Development, and Evaluation (GRADE).
RESULTADOS: No estudo transversal foram avaliados 40 indivíduos: 19 com dor no ombro
e 21 assintomáticos. Apenas a força isométrica dos músculos extensores do tronco apresentou
contribuição estatisticamente significativa ao modelo de regressão (p = 0,03 | razão de chances
[odds ratio] = 0,99), não sendo observadas associações significativas entre os demais desfechos
e a presença de dor no ombro. Na revisão, quatro estudos transversais com baixo risco de viés
foram incluídos (n = 358, 179 indivíduos com dor no ombro). Evidências de qualidade muito
baixa apontaram que indivíduos com dor no ombro podem apresentar redução na amplitude de
movimento e resistência muscular na região toracolombar e quadris e menor controle
neuromuscular das extremidades inferiores em comparação a indivíduos assintomáticos. Os
achados relacionados à postura da coluna torácica mostraram-se conflitantes.
CONCLUSÃO: A força isométrica dos músculos extensores do tronco pode estar associada a
presença de dor no ombro e estudos observacionais indicam que indivíduos com dor no ombro
podem apresentar alterações na mobilidade, resistência muscular e/ou controle neuromuscular
na região toracolombar e nas extremidades inferiores em comparação a indivíduos
assintomáticos. Tais achados sugerem que avaliações físicas considerando fatores
biomecânicos não locais podem ser relevantes na população com dor no ombro.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1140906 - GERMANNA DE MEDEIROS BARBOSA
Interno - 2316237 - RODRIGO SCATTONE DA SILVA
Externa ao Programa - 1081828 - CATARINA DE OLIVEIRA SOUSA - UFRNExterna à Instituição - MICHELE FORGIARINI SACCOL
Notícia cadastrada em: 16/11/2023 15:50
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