Banca de DEFESA: JOSÉ ALEXANDRE BARBOSA DE ALMEIDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOSÉ ALEXANDRE BARBOSA DE ALMEIDA
DATA : 29/03/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE AUTOEFICÁCIA PARA INDIVÍDUOS COM DOENÇA CORONARIANA: validação da Cardiac Self-Efficacy Scale para população brasileira e uma revisão sistemática.


PALAVRAS-CHAVES:

Autoeficácia. Doença arterial coronariana. Síndrome coronariana aguda. Estudo de validação. Psicometria. Inquéritos e questionários.

 


PÁGINAS: 178
RESUMO:

ESTUDO 1: Objetivo: Realizar a tradução, adaptação transcultural e análise psicométrica da Cardiac Self-Efficacy Scale (CSES) para a população brasileira. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico exploratório, com aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (UFRN/FACISA) sob parecer 4.765.082. A tradução e adaptação transcultural se deu através das etapas de tradução para língua portuguesa brasileira, síntese das traduções, tradução reversa, síntese das traduções, revisão por comitê multiprofissional de especialistas e aplicação num grupo pré-teste, formado por participantes que representaram a população alvo. Foram investigadas as propriedades psicométricas através de testes para confiabilidade, validade de construto, estrutural, discriminante, concorrente e convergente.  Resultados: Considerando o desdobramento cognitivo apresentou bom índice de compreensão (IVC > 0,90), o alfa de cronbach foi de 0,83; o teste de Kaiser-Meyer-Olkin (KMO=0,72) e o teste de esfericidade de Barlett (X2=426,82; p=<0,001) indicam adequado ajuste dos dados, permitindo a realização da análise fatorial exploratória; os resultados da análise fatorial confirmatória da versão brasileira da CSES (X2=33,85; Graus de Liberdade (df)=62, X2/df = 0,54; p-value = 0,99; Comparative Fit Index (CFI)=1,00; Tucker-Lewis Index (TLI)= 1,09; Root mean square error of approximation (RMSEA)=0,00) indicam que o modelo foi saturado e o ajuste foi perfeito; a validade convergente apresentou correlações fracas e moderadas com os domínios da escala de qualidade de vida (SF-36): Capacidade funcional (65, IQ 35-80; ρ=0,358; p=0,003), Aspectos físicos (100, IQ 25-100; ρ=0,378; p=0,002), Dor (62, IQ 41-74; ρ=0,303; p=0,014), Estado geral de saúde (47, IQ 37-62; ρ=0,412; p=0,001), Vitalidade (85, IQ 75-105; ρ=0,415; p=0,001), Aspectos sociais (75, IQ 50-100; ρ=0,358; p=0,003), Aspectos emocionais (100, IQ 33-100; ρ=0,320; p=0,009) e Saúde mental (36, IQ 28-48; ρ=0,493; p=<0,001). Para validade discriminante, correlação fraca com nível de ansiedade e depressão (HAM-D) (10, IQ 5-18; ρ=-0,277; p=0,026) e moderada para número de sintomas (3, IQ 1-4; ρ=-0,449; p=<0,001) e nível sintomático (2, IQ 1-3; ρ=-0,590; p=<0,001). A validade concorrente foi considerada fraca na correlação com autoeficácia geral percebida (31,38±7,01; ρ=0,260; p=0,036). Conclusão: A versão brasileira da CSES apresentou-se adequadamente traduzida e adaptada transculturalmente e validade psicometricamente, devido a validade construto, conteúdo e consistência interna apresentarem valores que validam o instrumento.

ESTUDO 2: Objetivos: Esta revisão sistemática tem como objetivo avaliar as propriedades de medida, qualidade metodológica e vincular o conteúdo extraído dos itens dos instrumentos de autoeficácia cardíaca para indivíduos com DAC com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Métodos: O estudo foi desenvolvido de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e Consensus Norms for Selection of Health Measuring Instruments (COSMIN). O protocolo foi registrado no International Prospective Register os Systematic Reviews (PROSPERO), sob o número de registro CRD42021262613. Foram utilizadas as seguintes bases de dados: MEDLINE (Ovid), Web of Science, EMBASE e PsycINFO. Foram incluídos estudos que avaliaram as propriedades de medida de instrumentos de autoeficácia para indivíduos com DAC. Nenhuma restrição de data ou idioma foi aplicada à pesquisa. Dois autores independentes foram responsáveis por avaliar a elegibilidade dos estudos. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada usando a Lista de Verificação COSMIN RoB Checklist, e a Classificação de Recomendações, Avaliação, Desenvolvimento foi usada para avaliar a qualidade de cada estudo. Além disso, foi utilizada a Modified Grading of Recommendations, Assessment, Development and Evaluation (GRADE) recomendada pelo COSMIN para determinar a qualidade da evidência. Outros dois autores realizaram a vinculação do conteúdo dos itens extraídos com os componentes da CIF. Resultados: Um total de 21 estudos foram incluídos, representando e sendo agrupados em 12 instrumentos de medida de autoeficácia para indivíduos com DAC. Nenhum estudo apresentou nível de evidência A, pois ambos apresentaram deficiência de informação na avaliação das propriedades psicométricas. Os instrumentos mais bem avaliados com qualidade de evidência nível B, foram Barnason Efficacy Expectation Scale (BEES), que apresentou nível baixo de validade de conteúdo, e nível alto para validades estrutural, de construto e consistência interna; Cardiac Self-Efficacy Scale (CSES), que apresentou nível moderado para validade de construto, e nível alto para validades de construto, estrutural e consistência interna; Cardiovascular Management Self-efficacy Scale, apresentou nível baixo para validade de conteúdo e consistência interna, e alta para validades estrutural e de construto; Exercise self-efficacy  Scale (ESE), apresentou nível baixo para validade de conteúdo, moderado para validades estrutural  e de construto, e alto para consistência interna; Self-efficacy for Appropriate Medication Use (SEAMS), apresentando nível baixo para validades de conteúdo e construto, e alto para validade estrutural e consistência interna. O instrumento CSES, foi o que apresentou maior número de vinculações com os componentes da CIF. Conclusão: Os instrumentos classificados como nível B tem potencial para uso, porém necessitam de mais estudos psicométricos para fortalecer informações acerca das propriedades de medição. Com relação a CIF, recomendamos o uso da CSES, já que a mesma apresenta maior número de vinculações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2211046 - LUCIEN PERONI GUALDI
Interna - 2211023 - ILLIA NADINNE DANTAS FLORENTINO LIMA
Externa à Instituição - THAYLA AMORIM SANTINO - UEPB
Notícia cadastrada em: 14/03/2023 14:54
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