CAPITAL SOCIAL E QUALIDADE DE VIDA EM TERRITÓRIOS DA CIDADANIA: ESTUDO COMPARATIVO NO RIO GRANDE DO NORTE
desenvolvimento territorial; pobreza; políticas públicas; qualidade de vida; territórios da cidadania
Este trabalho visa compreender de que o forma o capital social implica nos diferentes níveis de qualidade de vida nos territórios da cidadania do RN. É recorrente a abordagem territorial do desenvolvimento como estratégia de combate a pobreza e melhoria da qualidade de vida, em especial, em espaços de caráter rural. Atua-se para o combate a pobreza e a elevação de níveis de qualidade de vida dos territórios com ações voltadas aos seus determinantes e não apenas para moderar o fenômeno. Dessa forma, a abordagem territorial das políticas públicas de enfrentamento da pobreza e estabelecimento de qualidade de vida deveria combinar as ações sociais com programas estruturantes. A abordagem territorial do desenvolvimento será um instrumento suficiente para o combate à pobreza na medida em que se fortaleça e articule os atores territoriais em torno deste objetivo e para o atendimento de suas demandas e necessidades paraeconômicas. Neste bojo está o capital social, ou seja, a capacidade em auto-organizar-se, que contribui para superação de dilemas de ação coletiva na medida em que esses atores interagem e compartilham suas vivências, favorecendo a inovação no contexto individual e coletivo. O capital social facilita a cooperação espontânea, pois se estabelece relações de confiança e solidariedade nesses organismos de ação coletiva, consequentemente, surge uma noção interna de reciprocidade na cooperação. A mobilização dos atores e a formação de redes entre organismos e instituições locais são formas de inserção produtiva e uma atenuação das desigualdades sociais. O capital social seria capaz de fomentar a eficiência na cooperação, gerando melhorias de bens públicos e, portanto, torna possível explicar a elevação da qualidade de vida e o combate a pobreza de um território a partir da organização comunitária sustentada pelo capital social. A pesquisa se valerá do grupo focal para coleta de dados. Métodos de pesquisa participativos e, portanto, dialógicos como o grupo focal são utilizados para compreensão de processos de desenvolvimento, em virtude da sua contribuição em dar voz a grupos marginalizados.