Formulação de materiais com mudança de fase por adição combinada de vermiculita, diatomita e parafina aplicados em argamassas cimentícias.
Material com mudança de fase, vermiculita, diatomita, parafina, argamassas.
Introdução - Com a finalidade de garantir o conforto térmico dos seus usuários, as edificações residenciais e comerciais consomem grande parte de energia, através dos elementos de vedações, aquecendo e resfriando os ambientes internos. Consequentemente, os sistemas de aquecimento e refrigeração de ambientes emitem quantidades significativas de gases do efeito estufa nos aglomerados urbanos. As preocupações no século atual para redução do consumo energético e emissão de gases ensejam, portanto, avanços no uso dos materiais capazes de armazenar energia no processo de transição de fase, com especial dedicação aos PCMs (Phase Change Materials).Objetivo geral - O ponto de partida desta pesquisa é contribuir com o desenvolvimento de materiais da indústria de construção civil, voltados para a melhoria do conforto térmico de edificações residenciais e comerciais, objetivando a redução do consumo de energia e a emissão de CO2. Objetivo específico - Dessa preocupação, idealizou-se um inovador material PCM, constituído de dois parafínicos, a sólida e o óleo naftênico, e dois minerais que servem de matriz de apoio, a diatomita e a vermiculita (PCM1+2); para avaliar a sinergia dos materiais envolvidos, correlacionando os resultados de caracterização com as propriedades térmicas observadas. Métodos – Proporcionou-se, inicialmente, quantidades variadas entre as parafinas e escolheu a mistura que possibilite trabalhar na faixa de temperatura usual às edificações residenciais e comerciais, 40 °C, através do DSC e FTIR. Os minerais de partida são caracterizados por TG, DTA, FRX, MEV-EDS, BET e FT-IR. Com a mistura parafínica escolhida e os minerais, constitui-se um PCM com diatomita (PCM1), outro com vermiculita (PCM2) e, finalmente, outro com diatomita e vermiculita (PCM1+2). De posse dos PCMs, promoveu-se BET, MEV, EDS, MO e FT-IR, e preparou-se traços de argamassas cimentícias, na proporção em volume: 1:4 cimento:areia (traço controle), 1:4:1 de cimento:areia:mineral/minerais e 1:4:1 cimento:areia:PCM e avaliou-se as propriedades térmicas, comparativamente ao traço controle. Finalmente, avaliou-se as mesmas propriedades térmicas do novo PCM, em substituição variada ao volume de areia, nas proporções de 0%, 25%, 50%, 75 % e 100%. Conclusões – Conclui-se para o novo PCM que os minerais, juntos, formam microcápsulas com ar estagnado internamente, que potencializam as propriedades térmicas investigadas. O óleo naftênico usado retarda a formação da primeira gota, e as propriedades conjugadas dos minerais toruxeram maiores benefícios nas prorpiedades térmicas observadas para o PCM1+2 do que o trabalho isolado dos minerais. O novo material é térmica e quimicamente estável, demonstrando seu uso prático, aplicável no conforto térmico de edificações residenciais e comerciais, na redução do consumo de energia e emissão de CO2.