SAÚDE MENTAL DA PESSOA IDOSA EM PERÍODO DE PANDEMIA DE
COVID-19
Palavras-chave: Infecções por Coronavírus; Saúde mental; Idoso.
A pandemia da COVID-19 tem levado diversos países, incluindo o Brasil, a adotarem medidas para
conter a transmissão da doença. Têm-se identificado que idosos estão entre os indivíduos mais
vulneráveis às formas mais graves da doença, sendo considerados grupo de risco. Diante desse
cenário, o presente estudo se justifica por avaliar o nível de ansiedade, depressão e estresse das
pessoas idosas monitoradas pelo projeto da Televigilância, além de identificar, como desfechos
secundários, quais os efeitos da quarentena, do distanciamento e isolamento social nas condições
psicológicas desse grupo etário. Trata-se de um estudo seccional, de natureza quantitativa, do tipo
descritivo. Dados secundários das fichas de vigilância do projeto de extensão “Prevenção da COVID19: a televigilância dos idosos na atenção primária em saúde” serão utilizados. Participaram da
pesquisa 251 pessoas idosas que participam do projeto de televigilância, com idade média de 71,09
anos (DP=7,91)., recrutados através de ligações telefônicas e que residem no município de NatalRN. Para a coleta de dados, foi utilizada a versão reduzida da Escala de Depressão, Ansiedade e
Estresse (DASS-21). Os dados quantitativos foram processados e analisados por meio do pacote
estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS for Windows) em sua versão 22.0. O
projeto de pesquisa está em consonância com a Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de
Saúde e tendo sido submetido para avaliação para o Comitê de Ética em Pesquisa nº parecer
4.431.316. Os dados coletados pelo pesquisador seguem com a distribuição significada, de acordo
com o teste qui-quadrado 1168,538ª (ansiedade); 911,410ª (depressão); 780,737ª (estresse).
Indicando dessa forma, que as pessoas idosas apresentaram níveis significativos de ansiedade,
depressão e estresse no período de pandemia de COVID-19. Quando questionados se tais sentimentos
já existiam antes da pandemia, 69,8% afirmaram que sim. Ao observar as respostas das equipes de
saúde em relação a sintomas de ansiedade, depressão e estresse identificadas durante as ligações de
monitoramento das pessoas idosas, os preceptores encaminhavam para os psicólogos das unidades
de saúde.