AVALIAÇÃO DA MORBIDADE E MORTALIDADE INFANTIL DE 2000 A 2015 NO BRASIL: UMA ANÁLISE ESPACIAL
Palavras-chave:Mortalidade Infantil; Morbidade; Atenção Primária à Saúde; Fatores Socioeconômicos; Análise Espacial.
Ao longo dos anos, a ciência tem buscado cada vez mais condições para avançar na área da saúde, a fim de reduzir os índices de morbidade e mortalidade existentes. Existem grandes desafios para os formuladores de políticas e serviços de saúde no desenvolvimento de uma força de trabalho devidamente qualificada, garantindo uma abordagem ao longo da vida para a promoção da saúde materna, neonatal e infantil. Sabendo que a prestação de tais cuidados, influencia na morbidade e mortalidade materna infantil, tornou-se necessário a realização de um estudo ecológico a fim de averiguar a situação do país. O estudo objetiva analisar a distribuição espacial da morbidade e mortalidade infantil no período de 2004 a 2015 no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico de tendência temporal, no qual utilizou-se uma abordagem quantitativa e uma correlação espacial, em que utilizou-se dados do DATASUS, por meio dos Sistema de Informação Hospitalar e Sistema de Informação em Mortalidade, no período de 2000 a 2015. As variáveis dependentes do estudo são internações e mortalidade em menores de um ano, e as independentes, causas de adoecimento, IDH, renda, escolaridade e cobertura da atenção básica. Para análise estatística usou-se Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) através do estudo de média, mediana, desvio padrão, teste t student e qui-quadrado, utilizando um Intervalo de Confiança de 95% e na análise espacial o TerraView e GeoDa. Quando avaliada a média da Taxa de Mortalidade observou-se redução na média entre o primeiro (66,89), o segundo quinquênio (53,38) e o terceiro de 56,79. Na autocorrelação da Taxa de Mortalidade Infantil apresentou ClustersAlto-Alto nas regiões Norte e Nordeste. Quando correlacionado com as variáveis independentes observou-se Clustersnas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Quando avaliada a Taxa de Internação Hospitalar observou-se que entre o primeiro (66,89) e segundo (53,38) quinquênio houve uma diminuição nas médias e um aumento nessa média do segundo (53,38) para o terceiro (56,79) quinquênio. Quando avaliada as causas de internação as cinco maiores causas foram: Doenças do aparelho respiratório (33.7%), algumas afecções originadas no período perinatal (31,9%), algumas doenças infecciosas e parasitárias (17,1%), doenças do aparelho digestivo (3,5%) e doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (2,1%). Quando espacializada essas causas, observou-se formação de Clusters Alto-Alto nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul.