PPGH/CCHLA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA Téléphone/Extension: (84) 3342-2246/755 https://posgraduacao.ufrn.br/ppgh

Banca de QUALIFICAÇÃO: CLARA MARIA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CLARA MARIA DA SILVA
DATA : 08/09/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

FAMÍLIA ESCRAVA E RELAÇÕES DE COMPADRIO: ESTUDO DAS TERRITORIALIDADES ESCRAVAS NA FREGUESIA DE SANT’ANA DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU (1840-1861)


PALAVRAS-CHAVES:

territorialização; família escrava; escravidão; registros paroquiais


PÁGINAS: 81
RESUMO:

Propomos analisar a influência da territorialização da Igreja Católica na formação da territorialidade da cidade de São José de Mipibu e da Freguesia de Sant’Ana entre os séculos XVII e XIX, interpretando a formação das famílias escravas neste espaço como um ato de resistência e sobrevivência por parte dos cativos, os quais estavam inseridos dentro de uma sociedade escravista. Para isto, temos como fontes principais de nosso trabalho os registros de batismo e casamento da freguesia de Sant’Ana entre 1840 à 1861, os quais serão lidos, transcritos, analisados e sistematizados com base na metodologia da demografia histórica. A constituição de famílias interessava aos escravos, de acordo com Robert Slenes (2011), como parte de uma estratégia de sobrevivência dentro do cativeiro. Diante deste panorama, pretendemos analisar que territorialidades escravas foram construídas no território da Freguesia de Sant’Ana no Oitocentos, observando as escolhas e preferências das famílias escravas para com os seus padrinhos espirituais. Daremos ênfase na análise e interpretação nos perfis dos padrinhos escolhidos pelos cativos, pois segundo Solange Rocha (2007) o parentesco espiritual significaria o estabelecimento de alianças entre duas famílias, com o compromisso de proteção e respeito entre pessoas do mesmo status ou de diferentes condições econômicas. Procuramos construir uma abordagem histórica, relacional e multidimensional do território e da territorialidade, assim como propõe Marcos Aurélio Saquet (2008), através das relações entre os homens, as redes e as heterogeneidades entre brancos, índios e negros escravos. O território em que estava inserida a freguesia de Sant’Ana mostra-se como um espaço privilegiado para o estudo da escravidão, pois a cidade de São José de Mipibu no século XIX desempenhava um papel econômico importante dentro da província do Rio Grande do Norte. Sua economia baseada principalmente na canicultura dispunha de engenhos que produziam açúcar, rapadura e cachaça, produção que necessitava de uma significativa mão de obra escrava. O marco inicial do recorte temporal, 1840, foi selecionado pelo fato do livro de batismo correspondente a década de 30 estar em condições precárias de leitura e conservação. Somado a isto, foi a partir da década de 40 que os presidentes da província do Rio Grande do Norte começaram a manifestar interesse sobre as terras férteis para a plantação da cana de açúcar, incentivando sua produção, tendo apresentado como local de destaque a região do vale do Capió, localizado na área rural de São José de Mipibu. Propomos o marco cronológico do ano de 1861 para terminar nossas análises, pois é apenas até este período que conseguiremos cruzar os registros de batismo e casamento, os quais poderão nos fornecer indícios de gerações de famílias escravas vivendo na freguesia de Sant’Ana ao longo do século XIX.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2432663 - HELDER ALEXANDRE MEDEIROS DE MACEDO
Externa ao Programa - 1788270 - JULIANA TEIXEIRA SOUZA
Interno - 1879280 - LIGIO JOSE DE OLIVEIRA MAIA
Interno - 2277360 - MAGNO FRANCISCO DE JESUS SANTOS
Notícia cadastrada em: 28/08/2020 15:15
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa03-producao.info.ufrn.br.sigaa03-producao