“INSTITUTO DE ANTRAPOLOGIA DE NATAL: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO CIENTÍFICO NO RIO GRANDE DO NORTE”
espaços da ciência; espaço social; campo científico; Instituto de Antropologia;
No final da década de 50, o Estado do Rio Grande do Norte organizava a sua maior instituição científica e cultural, a Universidade do Rio Grande do Norte (URN). Entre as suas primeiras deliberações está a autorização para instalação do seu primeiro centro dedicado à pesquisa, o Instituto de Antropologia (IA). Organizado com a proposta de promover estudos sobre o homem e o território norte-rio-grandense, tendo inicialmente como foco a antropologia e paleontologia, teve como seus fundadores os professores Luís da Câmara Cascudo, José Nunes Cabral de Carvalho, Dom Nivaldo Monte e Veríssimo Pinheiro de Melo. Por mais de uma década (1960-1974), o IA promoveu e sediou um modelo de pesquisa científica universitária, caracterizada pela ênfase na pesquisa básica e na sua articulação com o ensino, o treinamento técnico de alunos e o esforço conjunto de uma equipe de professores pesquisadores para o desenvolvimento da pesquisa científica no Rio Grande do Norte. O surgimento do Instituto de Antropologia está intimamente associado aos interesses e aspirações dos seus pesquisadores. Foram eles os agentes que levaram o IA a se configurar como o símbolo de uma nova fase no desenvolvimento científico do Rio Grande do Norte, ao estabelecer uma tradição de pesquisa científica básica. O objetivo deste trabalho é pensar como o Instituto de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte se configurou em um espaço da ciência, considerando a atuação de seus principais agentes.