Banca de DEFESA: ALINE COSTA VIANA NEVES COCENTINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE COSTA VIANA NEVES COCENTINO
DATA : 05/09/2023
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório 1- Nespa II
TÍTULO:

O AUMENTO E A REINCIDÊNCIA DA VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA EM PARNAMIRIM/RN NO CONTEXTO DO AJUSTE FISCAL, DO CONSERVADORISMO E DO PÓS-GOLPE DE 2016


PALAVRAS-CHAVES:

Neoliberalismo. Ajuste Fiscal. Saúde Mental. Violência Autoprovocada.

 


PÁGINAS: 140
RESUMO:

A presente produção partiu da discussão sobre a violência autoprovocada – automutilação, tentativa de suicídio e suicídio – ocorridos no município de Parnamirim/RN, na atual conjuntura de aprofundamento do neoliberalismo, do ajuste fiscal e conservadorismo. Direcionado pela política neoliberal desde os anos de 1990 no Brasil, o ajuste fiscal tem usurpado ferozmente o fundo público, satisfazendo os interesses do grande capital, acirradamente no período pós golpe de 2016. Delineia-se uma realidade contemporânea, marcada por retrocessos nos direitos sociais, pela agudização da questão social, sofrimento e adoecimento psíquicos, desmonte dos equipamentos de proteção social e de saúde, além da retomada do conservadorismo no trato com a saúde mental. Diante deste cenário, o objetivo geral da pesquisa propôs analisar o aumento e reincidência da violência autoprovocada em Parnamirim/RN no contexto do ajuste fiscal, do conservadorismo e no período pós-golpe, com vistas a evidenciar os fatores que contribuem para o desencadear desta realidade. Como desdobramento, os objetivos específicos contemplaram: a) compreender as expressões do ajuste fiscal e do conservadorismo  no aumento e reincidência da violência autoprovocada em Parnamirim, no período pós-golpe; b) identificar os fatores que mais contribuem com o aumento e reincidência da violência autoprovocada da população de Parnamirim; e c) apreender a operacionalização da Política de Saúde Mental diante do aumento e reincidência da violência autoprovocada em Parnamirim no período pós-golpe. O recorte temporal compreendeu o período de janeiro de 2016 a abril de 2022. Para apreensão do objeto em sua totalidade, a pesquisa fundamentou-se no método materialista histórico-dialético, e foi desenvolvida a partir de revisões bibliográficas, pesquisa documental e de campo, com abordagem de natureza quanti-qualitativa. As revisões bibliográficas abarcaram categorias analíticas como: crise estrutural do capital, neoliberalismo, ajuste fiscal, fundo público, capital financeiro, sofrimento psíquico, adoecimento psíquico, política de saúde mental e violência autoprovocada. A pesquisa documental foi norteada por roteiros prévios, por tipo de documento analisado, no intuito de capturar os elementos que envolvem as situações de violência autoprovocada em Parnamirim, no cenário pós-golpe de 2016. A pesquisa de campo se deu por meio de entrevistas coletivas semiestruturadas direcionadas aos/às profissionais que atuam na política de saúde mental do município, e visou captar suas compreensões sobre a operacionalização da política mediante a violência autoprovocada. Os dados coletados foram analisados por meio da análise de conteúdo, documental e estatística. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados apontaram intrínseca relação entre o crescimento e reincidência da violência autoprovocada em Parnamirim, o ajuste fiscal permanente e o conservadorismo, acirrados após o golpe, visto que, as motivações analisadas para as automutilações, tentativas de suicídios e suicídios, estariam relacionadas à intensificação do sofrimento psíquico e/ou adoecimento psíquico exacerbados no atual cenário de precarização e precariedade das condições de vida e trabalho da classe trabalhadora. O aumento do sofrimento e adoecimento psíquicos no município, foi observado com base no crescimento do volume de atendimentos dos CAPS II, Infantil e UPA Nova Esperança. Somado a isso, encontram-se os rebatimentos da contrarreforma psiquiátrica na PSM de Parnamirim, por meio da retomada conservadora e manicomial do cuidado, com reforço para atendimentos ambulatoriais, focalizados, o estímulo à medicalização,  à hospitalização, a centralidade médica e a eterna dependência dos/as usuários/as aos referidos serviços.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1958916 - EDLA HOFFMANN
Interna - 2363499 - ELIANA ANDRADE DA SILVA
Interna - 1149382 - IRIS MARIA DE OLIVEIRA
Externa ao Programa - 2859570 - LARISSE DE OLIVEIRA RODRIGUES - UFRNExterna à Instituição - MIRIAM THAIS GUTERRES DIAS - UFRGS
Notícia cadastrada em: 22/08/2023 12:58
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