Banca de DEFESA: MIZZAELY SUIANNY LACERDA DE SALES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MIZZAELY SUIANNY LACERDA DE SALES
DATA : 28/05/2021
HORA: 15:00
LOCAL: https://meet.google.com/kgt-mzsg-kcf
TÍTULO:

INDUSTRIALIZAÇÃO CULTURAL E CAPITALISMO MONOPOLISTA: uma introdução às origens


PALAVRAS-CHAVES:

Excedente econômico. Capitalismo monopolista. Industrialização cultural. 

 


PÁGINAS: 111
RESUMO:

Esta dissertação tem como objetivo analisar as determinações econômicas que possibilitaram as origens da industrialização cultural a partir de bibliografias que tratam das principais tendências do capitalismo monopolista. Embora a industrialização cultural esteja presente na realidade atual do século XXI, envolvendo a economia, a política e a cultura, a sua origem e, portanto, o seu estudo, não aparecem nos dias de hoje. A sua investigação é iniciada no século XX pelos filósofos alemães da Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer, com a publicação de Dialética do esclarecimento, em 1947. Nessa obra, ela aparece com um sentido próprio sob o termo “indústria cultural”, apresentando-se, de modo central, como uma expressão do avanço da razão instrumental presente na técnica fordista de produção em série de produtos culturais voltados para o seu valor de troca. A preocupação dos frankfurtianos, contudo, não estava direcionada para as origens materiais da industrialização cultural, na sua constituição e desenvolvimento. Mas, fundamentalmente, voltaram-se aos efeitos sociais nos indivíduos, enquanto meio de controlá-los, manipulá-los e integrá-los na sociedade capitalista, na medida em que padroniza ideias, predileções e hábitos de consumo. Seguindo esse pensamento, seu trato analítico superdimensionou o poder de controle da “indústria cultural”, demonstrando-se pessimista em relação às possibilidades de resistência popular capazes de alcançar uma razão crítica emancipatória e suprimir a dominação do homem pelo homem. Nesse sentido, percebeu-se que, dando ênfase aos efeitos sociais da “indústria cultural”, os filósofos alemães se ausentaram de análises que considerem o fundamento estrutural e a processualidade histórica da industrialização cultural como processo, a partir das particularidades e contradições do capitalismo monopolista, ainda que não tenham negado a existência de determinações materiais. Diante disso, a presente investigação parte do seguinte questionamento: a partir de uma análise das determinações econômicas, quais as origens da industrialização cultural? Quanto aos objetivos específicos, a pesquisa concentrou-se em: i) apreender os fundamentos do excedente econômico e da crise na transição da fase concorrencial para a monopolista; ii) analisar o fordismo como processo de trabalho e produção de mais-valia relativa na constituição da industrialização cultural; e iii) investigar qual é a funcionalidade da industrialização cultural para a reprodução de capital, a partir das campanhas de vendas. Para tanto, à luz do materialismo histórico dialético, empreendeu-se uma pesquisa teórica explicativa de tipo bibliográfica e natureza qualitativa, recorrendo-se a bibliografias que versam sobre as principais tendências do capitalismo monopolista. Como instrumento de coleta e produção de dados, fora utilizado um roteiro de leitura organizado em eixos, com aplicação durante a leitura reflexiva das obras selecionadas. Concluiu-se que a industrialização cultural se constituiu no período do imperialismo clássico e se desenvolveu no capitalismo tardio. As suas condições originárias foram gestadas nos EUA e se alastrou para a Europa, especialmente a Alemanha, na década de 1930. As principais tendências de sua constituição e desenvolvimento são: i) a tentativa de realizar a mais-valia contida na mercadoria, no âmbito da circulação, por meio de um esforço de vendas; e ii) a necessidade do capital pelo controle de novos mercados. Identificou-se, ainda, que a industrialização cultural tem uma dualidade própria da contradição entre capital e trabalho. Expressa, portanto, a dialética entre o parasitismo do capital, via campanhas de vendas, e a necessidade de consumo cultural dos trabalhadores por serviços artísticos humanistas. Tal necessidade cultural não é criada pelo capital, mas, antes, pelas forças produtivas do trabalho.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - NEWTON NARCISO GOMES JUNIOR - UnB
Presidente - 2475019 - HENRIQUE ANDRE RAMOS WELLEN
Interno - 1283608 - MARCELO BRAZ MORAES DOS REIS
Externo à Instituição - RANIERI CARLI DE OLIVEIRA - UFF
Notícia cadastrada em: 13/05/2021 16:41
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