Banca de DEFESA: BRUNA MASSUD DE LIMA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRUNA MASSUD DE LIMA
DATA : 09/07/2020
HORA: 10:00
LOCAL: Natal - virtual
TÍTULO:

“NÃO JÁ TEM O FIGURINO? O QUE VOCÊ QUER MAIS?”: ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO DE ATRIZES E ATORES NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

 

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Precarização do trabalho; Trabalho artístico; Estado; Políticas Culturais; Conservadorismo.

 


PÁGINAS: 290
RESUMO:

A presente pesquisa de doutorado inscreve-se enquanto tese que propôs  investigar em termos científicos, a partir da Teoria Social Crítica, os fundamentos presentes no capitalismo que determinam a constituição e o aprofundamento da precarização do trabalho de atrizes e atores brasileiros/as enquanto mecanismo de acumulação do capital, considerando seu cariz estrutural, como, também, os elementos que são reatualizados na contemporaneidade. Para tanto, se constitui enquanto pesquisa qualitativa que, através de análise documental e bibliográfica, unida à realização de entrevistas semiestruturadas, parte do pressuposto que o trabalho é categoria fundante do ser social, análise que dialoga com a gênese e as transformações societárias ocorridas  sobretudo a partir da década de 1970 e, especificamente no Brasil, em meados da década de 1990, considerando nessas, os rebatimentos da crise capitalista e o contexto de reestruturação produtiva e perda de direitos, que implicam em mecanismos de (re)produção de uma força de trabalho essencialmente precarizada: a categoria profissional atrizes e atores brasileiros/as. Relevante, portanto, o desenvolvimento desse estudo diante da expansão do pauperismo, do desemprego e de formas aprofundadas de precarização e desregulamentação do trabalho no mundo e, no Brasil, objetos de intervenção e análise do Serviço Social, com importante recorte no pós-golpe jurídico-parlamentar e midiático ocorrido em 2016, dada a implementação de um ostensivo projeto de contrarreformas, que atacam, com destaque, os setores trabalhista e previdenciário, medida estratégica para a acumulação continuada do capital neoliberal. A pesquisa também analisou o recrudescimento do conservadorismo no Brasil que se evidenciou com a chegada do presidente Jair Bolsonaro na Presidência da República que coloca em ascensão um período de irracionalismo e do subjetivismo nas esferas econômica, social, política e cultural, como, igualmente, ocasionou uma (re)atualização da censura na arte e cultura com importantes rebatimentos para os sujeitos envolvidos na seara do trabalho artístico. A partir disso, ao recuperar e problematizar o processo de formação sócio-histórica específica e diferenciada do país, termina-se por analisar igualmente o percurso histórico da política cultural e, com isso, a análise do Estado enquanto elemento central nesse processo, no sentido da relação existente entre a precarização do trabalho dos/as atores e atrizes e a ação estatal na oferta de políticas públicas para a cultura, pensando ainda o atual contexto de retirada de suas funções, acirramento da questão social e aprofundamento da barbárie capitalista. Analisou-se por fim, em um sentido contra-hegemônico, a apreensão sobre as formas de resistência e organização política da categoria profissional artística no Brasil e sua relevância histórica, trazendo como referências, para pensar a atualidade, as experiências políticas de diversos movimentos artístico contra a ditadura civil-militar de 1964 no país.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1714329 - ANDREA LIMA DA SILVA
Interna - 2185695 - ANTOINETTE DE BRITO MADUREIRA
Interna - 1149518 - SILVANA MARA DE MORAIS DOS SANTOS
Externa à Instituição - IVANETE SALETE BOSCHETTI - UnB
Externo à Instituição - VERONICA FERREIRA
Notícia cadastrada em: 09/06/2020 13:32
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