Banca de QUALIFICAÇÃO: JACYRA ANTUNES DOS SANTOS GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JACYRA ANTUNES DOS SANTOS GOMES
DATA: 30/09/2014
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DE AULA 1 DO PPGCF
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DE Jatropha
mollissima (Pohl) Bail FRENTE ÀS PEÇONHAS DAS SERPENTES
BOTRÓPICAS


PALAVRAS-CHAVES:

Jatropha mollissima. B. erythromelas. B. jararaca.


PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Os acidentes ofídicos representam um sério problema em saúde pública nos países tropicais, sendo o gênero Bothrops o maior responsável pelos acidentes no Brasil (90 %). Os efeitos locais (dor, edema, hemorragia e necrose tecidual) e sistêmicos (alterações cardiovasculares, choque e distúrbios da coagulação sanguínea) causados pela peçonha das serpentes do gênero Bothrops são devido aos inúmeros componentes protéicos e não-protéicos (carboidratos, lipídios, nucleotídeos, aminas biogênicas e vários íons), que fazem parte da constituição da peçonha. A única forma de terapia cientificamente validada é a soroterapia antiveneno, que, no entanto, não é eficaz com relação a esses efeitos locais produzidos e, além disso, podem ocasionar sérias reações de hipersensibilidade aos pacientes. Sendo assim, a busca por novas alternativas à soroterapia se faz importante, e nesse contexto, muitas plantas medicinais vêm se destacando pelo uso popular como antiofídicas. Dentre essas plantas, pode-se citar a espécie Jatropha mollissima (Euphorbiaceae), que apresenta amplo uso popular na medicina tradicional como antiofídica, anti-inflamatória, antimicrobiana e antitérmica. Portanto, esse trabalho tem como objetivo avaliar a atividade anti-inflamatória do extrato aquoso das folhas de J. mollissima frente as peçonhas de B. erythromelas e B. jararaca, visando justificar o uso popular da espécie. Os extratos das folhas foram preparados por decocção e em seguida caracterizados por cromatografia em camada delgada (CCD) e a Co-CCD. Em seguida, a sua atividade anti-inflamatória (50, 100 e 200 mg/kg, via i.p.) foi avaliada no modelo de edema de pata induzido pela peçonha de B. erythromelas e B. jararaca em camundongos Swiss. A atividade anti-inflamatória do extrato (50, 100 e 200 mg/kg, via i.p.) também foi avaliada no modelo de peritonite induzido pelas mesmas peçonhas. O extrato foi administrados meia hora antes da injeção das peçonhas em ambos os modelos experimentais, com duração de 120 minutos no caso do edema de pata e 4 horas no caso da peritonite. Manchas sugestivas da presença dos flavonóides: apigenina, luteolina, orientina, isoorientina, vitexina e vitexina-2-O-ramnosídeo foram detectadas no extrato através da co-CCD. Todas as doses testadas (50, 100 e 200 mg/kg) de J. mollissima reduziram o edema de pata induzido pelas peçonhas (p < 0,05 comparado ao grupo controle) com intensidade similar à dexametasona. O extrato aquoso das folhas de J. mollissima nas doses 50, 100 e 200 mg/kg, administrado por via intraperitoneal, promoveu a inibição da migração celular induzido por B. erythromelas e B. jararaca (p < 0,05) e promoveu a inibição das células mononucleares e das células polimorfonucleares induzidos por B. erythromelas (p < 0,05). Esses resultados sugerem que o extrato aquoso das folhas de J. mollissima possui um potencial antiofídico que pode justificar preliminarmente o uso dessa planta na medicina tradicional como anti-inflamatória e na terapia complementar como antiofídica.
Palavras-chave:


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1218940 - ANTONIA CLAUDIA JACOME DA CAMARA
Interno - 1893445 - EUZEBIO GUIMARAES BARBOSA
Externo ao Programa - 2378605 - CRISTIANE FERNANDES DE ASSIS
Notícia cadastrada em: 22/09/2014 16:46
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