Controle da diagênese na porosidade e na permeabilidade de facies siliciclásticas de reservatório da Formação Açu (Cenomaniano Superior-Turoniano Inferior) no sudoeste da Bacia Potiguar
diagênese – siliciclástica – Formação Açu
Os estudos são utilizados em modelos de predição da qualidade de reservatório baseados na influência das fácies deposicionais sobre as alterações eodiagenéticas e ambas determinam a evolução do sistema de poros na mesodiagênese, segundo a evolução de tratos de sistema. Estão sendo aplicadas técnicas de análise sequencial de oitenta metros de testemunhos de sondagens (dois poços); microscopia óptica; analises especiais (difração de raios-X, microscopia eletrônica de Varredura com elétrons retroespalhados e secundários e análises petrofísicas (porosidade e permeabilidade). As sucessões litológicas correspondem a arenitos com intercalações de pelitos e conglomerados suportados por clastos lamosos, distribuídos em 15 litofácies, cujas associados são condizentes com canais de maré, planície de maré arenosa, planície de maré lamosa e barras de marés. Essas associações indicam deposição em ambiente transicional de estuário contextualizado em modelo de estuário dominado por maré. As estruturas diagnóstica desse ambiente são: tidal bundles, camadas duplas de argila, feições pedogenéticas, ritimitos, estratificação cruzada sigmoidal com tidal bundles. Os estudos petrográficos revelam que os arenitos analisados são arcósios e subarcósios quanto à composição detrítica compostos por quartzo dominantemente monocristalino e subordinadamente policristalino, feldspatos, representados dominantemente por microclínio, e fragmentos de rochas plutônicas. Constituintes acessórios extrabaciais incluem micas, detríticos pesados, tais como granadas, turmalinas, zircão e opacos. Os constituintes intrabaciais incluem principalmente intraclastos lamosos, retrabalhados de depósitos finos contemporâneos, e compactados em grau variável a pseudomatriz, além de fragmentos carbonosos. A sequência dos eventos diagenéticos é: alteração e dissolução de grãos de minerais pesados instáveis; precipitação de óxidos de titânio microcristalinos; precipitação de finas cutículas de esmectita sobre alguns detríticos; precipitação localizada de caulinita, substituindo micas e feldspatos; precipitação de crescimentos epitaxiais euédricos de feldspato potássico sobre os grãos de microclínio; cristais prismáticos de K-feldspato substituindo alguns grãos; compactação mecânica; deformação moderada de intraclastos lamosos a pseudomatriz; substituição de grãos por agregados microcristalinos de esmectita; precipitação de franjas de esmectita contínuas, recobrindo grãos e cutículas; precipitação localizada de calcita poiquilotópica, recobrindo e substituindo a esmectita; contração localizada de intraclastos e pseudomatriz; dissolução de grãos de feldspatos e minerais pesados; limitada compactação mecânica.