Experiência, memória e humor: representações sociais em “As filhas do arco-íris”
Narrador; Personagens de ficção; Representações sociais; Relações entre literatura e processo social
Este trabalho analisa a representação social em As Filhas do Arco-Íris, de Eulício Farias de Lacerda, destacando as relações sociais entre personagens como o padre, o coronel, o cego, o louco, o bêbado, o menino, o velho. Baseando-se nas inter-relações, verificou-se a configuração de problemas, conflitos, condições de vida e transformações sociais. A preocupação desta pesquisa deriva do tratamento narrativo em torno dessas personagens de representação social na literatura. Assim, as condições sociais das personagens são interpretadas para evidenciar e confrontar: discriminação, amizade, conflito, respeito, marginalização, memória social. Também são estabelecidas relações entre personagens de Guimarães Rosa em Primeiras Estórias e de As Filhas do Arco-Íris, enfatizando considerações sobre personagens de ficção, representantes sociais, as inter-relações sociais, organização da sociedade, regionalismo, o narrador e relações entre literatura e processo social. Esta pesquisa tem por base os postulados de estudiosos e teóricos da literatura e da representação social, entre eles: Antonio Candido, Walter Benjamin, Jacqueline Held, Mikhail Bakhtin, Roland Barthes, Ana Paula Pacheco, Serge Moscovici, François Laplantine, Liane Trindade.