Banca de QUALIFICAÇÃO: CHRISTIANE FERNANDES DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CHRISTIANE FERNANDES DOS SANTOS
DATA : 20/04/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet (https://meet.google.com/tki-fson-uiv)
TÍTULO:

VOCÊ TEM SEDE DE QUÊ? O PROGRAMA DE CISTERNAS NA PROMOÇÃO DA SEGURANÇA ALIMENTAR NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura Familiar; P1MC; P1+2; Segurança alimentar; Colonialidade.


PÁGINAS: 134
RESUMO:

Pensar no desenvolvimento no contexto do semiárido brasileiro pressupõe compreender as políticas de segurança hídrica, a democratização na distribuição e acesso à água de qualidade, assim como a segurança alimentar das famílias que vivem nessa região. A presente pesquisa buscou analisar os principais impactos das políticas públicas de convivência com o Semiárido. A pergunta que direcionou o estudo em questão foi estruturada da seguinte maneira: como as tecnologias sociais de captação de água da chuva impulsionam o desenvolvimento da agricultura familiar do Semiárido Potiguar? Para tanto, a análise será centrada nesses dois Programas: Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). O objetivo principal consiste em analisar como as tecnologias sociais de captação da água da chuva têm favorecido o acesso à água e ao alimento e, consequentemente, refletido na segurança alimentar das famílias beneficiadas. A tese estará organizada em quatro partes principais: a primeira trata dos aspectos teóricos metodológicos da pesquisa (Introdução, fundamentação teórica e aspectos metodológicos). As demais partes consistem na elaboração de três artigos cuja finalidade é refletir os objetivos específicos da pesquisa. Desse modo, o primeiro artigo, intitulado “Você Tem Sede de Quê? Os Programas de Cisternas no Semiárido Potiguar Brasileiro como Dispositivos de Desenvolvimento” objetivou analisar a evolução do processo de implementação dos Programas de Cisternas no Rio Grande do Norte, apontando as possíveis implicações do desmonte dessa política para as famílias rurais do semiárido potiguar. O segundo, “O P1+2 e a (in) segurança alimentar no semiárido nordestino”, buscou compreender como o P1+2 ampliou o acesso à água e ao alimento, e como isso é refletido na segurança alimentar e nas diferentes formas de liberdades das famílias beneficiadas. Por fim, o artigo “Para além da segurança alimentar:  a política de cisternas no contexto do Semiárido Potiguar sob a ótica da colonialidade/decolonialidade” teve  como objetivo refletir como o referido programa promove processos de decolonialidades a partir do acesso à água e ao alimento e, consequentemente, contribui para a segurança alimentar das famílias beneficiadas A pesquisa foi  realizada no Território Sertão do Apodi, no Estado do Rio Grande do Norte (RN) devido, principalmente, a amplitude de tais Programas nesse Território. Como recurso metodológico, foi feita revisão de literatura e documental assim como entrevistas com representantes das unidades executoras do Programa e com 42 famílias beneficiadas. A análise foi feita a partir da abordagem das capacidades desenvolvida por Amartya Sen, e da colonialidade conforme tratada por Maldonado-Torres (2007) e Castro-Gómes (2012) dentre outros. O estudo apresenta uma abordagem interdisciplinar uma vez que mobilizam leituras e reflexões advindas de diferentes áreas do conhecimento (Sociologia, Geografia, Economia e Ciências ambientais). Todas como o mesmo teor de relevância, distanciando-se de uma possível hierarquização epistêmica. Evidenciou-se que as políticas de captação da água da chuva, P1MC e P1+2 contribui de modo significativo para o acesso à água e ao alimento, contribuindo de maneira exitosa para a soberania e segurança alimentar das famílias beneficiadas, assim como par ampliação das suas capacidades. Constituem-se, pois importantes dispositivos de liberdade e instrumentos de decolonialidades. A pesquisa é relevante, pois apresenta a importância que essas tecnologias sociais de captação da água da chuva representam para o acesso democrático à água e ao alimento, assim como denuncia os impactos negativos que a descontinuidade dessas políticas representa para a segurança alimentar dos agricultores familiares do semiárido. Além do mais, a reflexão presente poderá se tornar um instrumento capaz de despertar a sociedade civil e as organizações para um diálogo com o Estado, com o intuito de tornar visível, para os atuais gestores públicos, a importância desses programas para o desenvolvimento de um Semiárido mais sustentável.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1678883 - CIMONE ROZENDO DE SOUZA
Interna - 350500 - MARIA DE FATIMA FREIRE DE MELO XIMENES
Externo à Instituição - PAULO CESAR OLIVEIRA DINIZ - UFCG
Externo ao Programa - 1149547 - ROBERTO MARINHO ALVES DA SILVA

Notícia cadastrada em: 04/04/2022 14:05
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