Análise de durabilidade da Ponte do Rio do Carmo utilizando ensaios não destrutivos, norma DNIT e a metodologia GDE/UnB
Estruturas de concreto armado. Meio ambiente agressivo. Manifestações patológicas. Estado de deterioração. Inspeções visuais.
A durabilidade das estruturas de concreto armado tem motivado muitas pesquisas, considerando os altos custos dos reparos em muitas situações, como é o caso das pontes, bem como os prejuízos causados pela necessidade de interdição quanto aos serviços de recuperação. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo avaliar as condições de durabilidade da Ponte do Rio do Carmo com 90,90 metros de extensão. Esta foi construída em 1976 e está localizada no Km 36 da rodovia brasileira BR-110, entre os municípios de Areia Branca/RN e Mossoró/RN, em região de elevada agressividade ambiental. Para realização deste estudo, foram identificadas as manifestações patológicas presentes, utilizando metodologias de inspeções: Norma DNIT 010/2004 – PRO e a GDE/UnB. Com isto, a partir delas, pôde-se verificar que, as maiores incidências dos danos sofridos foram na superestrutura, na mesoestrutura e em outros elementos estruturais, como as vigas de fachada. Ademais, de acordo com este levantamento, foi possível quantificar a deterioração da estrutura; de forma que se obteve nota técnica igual a 3 segundo a norma DNIT, caracterizando-a como uma obra “potencialmente problemática”, e grau de deterioração global da estrutura (Gd) igual 65,05, classificando-a em nível “Alto”. Em comparativo entre ambas metodologias aplicadas, a mais conservadora foi a GDE/UnB, devido a riqueza de detalhes em sua análise. Quanto, a realização dos ensaios não destrutivos, mostrou-se boa homogeneidade do concreto perante o ensaio de esclerometria. Para as medidas de ultrassom, foi identificada a qualidade do concreto como “regular” e possibilitou a estimativa do módulo de elasticidade e resistência em 17,60 GPa e 13,51 MPa, respectivamente. Já o ensaio de profundidade de carbonatação, foram aferidas medidas em valores de 0,00 a 19,00 mm e, no o ensaio de presença de cloretos, verificaram-se maiores medidas, sendo a maior delas igual 22,80 mm. Porém, ambas não atingiram a profundidade do aço, 30 mm. No ensaio de potencial de corrosão, a maior parte da medição foi numa faixa de -150 a -250 mV, que indica probabilidades de 10 a 90% de corrosão. Todos esses resultados podem concluir que, a Ponte do Rio do Carmo, necessita de reparos nos elementos estudados nesta pesquisa e aliados outras inspeções mais detalhadas, poderá se planejar a solução mais adequada quanto aos aspectos de segurança e economia.