CONTAMINANTES EMERGENTES NO BRASIL: RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS E PROCESSOS DE REMOÇÃO VIA TRATAMENTO DE ESGOTO
Fármacos; Disposição final; Contaminação hídrica; Lodo ativados; Atividade estrogênica; Remoção
biológica.
Os contaminantes emergentes, compostos cuja remoção não é completamente realizada pelos
tratamentos convencionais de esgoto, atingem os compartimentos ambientais após o seu descarte. Nesse sentido, uma de suas classes mais estudadas são os fármacos, cuja presença tem sido encontrada em mananciais, mares, peixes, camarões e em partes comestíveis de alfaces e cenouras. Apesar de possuir regulamentações específicas, a coleta de medicamentos pós-consumo é pontual e desarticulada no Brasil, distanciando o país da universalização da logística reversa de fármacos. Portanto, em um primeiro capítulo, este trabalho identificou e caracterizou grupos homogêneos de estados brasileiros, no âmbito da problemática socioambiental dos resíduos de medicamentos, baseando-se na similaridade dos indicadores relacionados à entrada e permanência desses poluentes no ambiente. Adicionalmente, analisou características sociodemográficas e ambientais descritivas do perfil de resposta em termos de proposição e criação de instrumentos legais direcionados à logística reversa de fármacos. A análise de Cluster k-means agrupou os estados da Região Sudeste no grupo mais desenvolvido, os das Regiões
Norte, Nordeste e Centro-Oeste no grupo menos desenvolvido e os da Região Sul no grupo em
desenvolvimento. Além disso, a análise do intervalo de confiança mostrou que a quantidade de leis
relacionadas à implantação da logística reversa de fármacos varia conforme a disposição final dos
resíduos sólidos. Em um segundo capítulo, com base na literatura existente, será dimensionada a
unidade de tanque de aeração do sistema de lodos ativados visando a remoção biológica dos hormônios estrogênios.