Problemas e modelos matemáticos que contribuíram como desenvolvimento do cálculo: dos gregos à Newton.
PALAVRAS-CHAVE
Esta tese de Doutorado teve como objetivo fazer uma (re)construção histórica do
desenvolvimento Conceitual do Cálculo Diferencial e Integral olhando-o como uma
construção de modelos, dos gregos a Newton. Tais modelos eram gerados a partir
de problemas que foram sendo propostos ao longo da história e iam sendo
modificados à medida que novos problemas eram postos e o conhecimento
matemático avançava. Nessa perspectiva, busco também mostrar que esse
processo envolveu uma legião de matemáticos/filósofos da natureza, tendo início
com as especulações de natureza científica e filosófica dos antigos gregos e
culmina com o trabalho de Newton, no século XVII. Além disso, nesse processo
de reconstrução do desenvolvimento conceitual do cálculo apresento e analiso os
problemas propostos (questões em aberto), modelos gerados (questões
respondidas) bem como as condições sociais, econômicas, políticas e religiosas
envolvidas no processo. O trabalho está dividido em seis capítulos mais as
considerações finais. No capítulo 1 apresento como a pesquisa se configurou a
partir das minhas motivações e experiências. Delineio os caminhos percorridos
para o refinamento da pergunta diretriz e apresento o objeto de e os objetivos da
pesquisa e fecho o capítulo apresentando os campos teóricos em que a pesquisa
se fundamenta, os quais denominei de Campos Teóricos de Investigação (CTI).
No capítulo 2 discorro sobre cada um dos Campos Teóricos de Investigação,
introduzidos no final do primeiro capítulo. Nessa discussão procuro ligar os CTI
com a pesquisa. No capítulo 3 delimito e discuto as escolhas metodológicas com
base nos campos teóricos em que a pesquisa se assenta. Então, nos capítulos
4,5 e 6, apresento o corpus principal da pesquisa, ou seja, reconstruo a história do
cálculo numa perspectiva de construção de modelos (questões respondidas) a
partir a dos problemas geradores (questões e aberto), analisando as contribuições
dos gregos antigos ( capítulo 4), pós-gregos, especialmente, a contribuição dos
romanos, indus, árabes e as contribuições na Idade Média (capítulo 5). Retomo o
renascimento europeu e as contribuições dos filósofos/cientistas até culminar com
o trabalho de Newton (capítulo 6). Finalmente, nas considerações finais, relato
minhas impressões sobre o desenvolvimento da pesquisa e de como asseguro
que a pergunta diretriz e os objetivos foram alcançados. Por último, delineio uma
proposta de curso de Cálculo Diferencial e Integral tendo como eixo os três
últimos capítulos da tese.