TRABALHANDO COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS NO PROGRAMA HOTEL DE PROJETOS DO IFRN
Competências Empreendedoras; Gamificação; Metodologias Ativas.
A Educação Empreendedora trabalha o protagonismo do estudante, desenvolvendo nele um perfil e atitudes empreendedoras que objetivam e buscam a implementação de soluções criativas para problemas diversos da sociedade. Atualmente, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) conta com um ecossistema de inovação e empreendedorismo composto por nove incubadoras de empresas nas quais a etapa que antecede a incubação acontece por meio do Hotel de Projetos, um programa gratuito de capacitação empreendedora que permite a participação de alunos, ex-alunos e membros da comunidade externa ao Instituto. No entanto, apesar da maioria das incubadoras do IFRN conduzir o programa por meio de módulos que qualificam seus participantes em atributos do empreendedorismo e administração de empresas, direcionando-os à formalização de um negócio para eventual incubação após a graduação, são negligenciados aspectos comportamentais do perfil empreendedor fundamentais para o sucesso de qualquer negócio. A identificação e aprimoramento de habilidades e competências empreendedoras permite aos estudantes o conhecimento de suas forças e fraquezas de modo que estejam melhor preparados para a volatilidade e dinamismo característicos do cenário socioeconômico atual. Assim, este estudo teve como objetivo explorar as metodologias ativas no contexto do Hotel de Projetos, com atenção especial para a gamificação, visando a formação de empreendedores com comportamentos adequados para os desafios do século XXI. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa concatena os atributos listados por McClelland, Lackéus e pela European Comission, para validar com apuro competências empreendedoras através de uma estrutura gamificada em dois ambientes de aprendizagem integrados: o virtual e o presencial. O lócus de aplicação da pesquisa foi a Incubadora Tecnológica do IFRN campus Macau. Por ser participativo, o estudo enquadra-se como uma pesquisa-ação e o procedimento metodológico adotado foi uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Apesar de os métodos e ferramentas utilizados no protótipo terem motivado os estudantes na primeira metade do curso, observou-se uma queda no engajamento que, na coleta de feedbacks, foi justificada por fatores externos como estudos, deslocamento e falta de participação dos colegas de equipe. Por fim, a pesquisa conclui que a escalabilidade do produto depende da adaptação da trilha de aprendizagem às necessidades de cada incubadora, além de identificar a necessidade de mais recursos de automatização que otimizem o trabalho de gerenciamento do curso.