Integração de Projeto de Arquitetura e Estruturas no ensino através de BIM: uma abordagem dos cursos de arquitetura e urbanismo da UFRN e da UFPB.
BIM, Integração, Ensino, Projeto de Arquitetura, Projeto de Estruturas.
A integração entre os projetos de arquitetura e de estrutura de edifícios constitui-se, na formação acadêmica, um dos principais desafios para o ensino do projeto de arquitetura. Estudos recentes apontam para a relevância da utilização de ferramentas computacionais em ambientes acadêmicos como importante estratégia para a referida integração. Embora nos últimos anos experiências pedagógicas utilizando BIM (Building Information Modeling) venham sendo incorporadas pelas escolas de Arquitetura, constata-se a necessidade de aprofundar procedimentos didático-pedagógicos que promovam a integração do ensino do projeto de arquitetura e de estruturas. O presente trabalho analisa diferentes experiências desenvolvidas no âmbito da UFRN e da UFPB, buscando identificar ferramentas, processos e produtos utilizados, apontando limitações e potencialidades em disciplinas ministradas nas referidas instituições. A pesquisa parte de uma revisão bibliográfica sobre o ensino de BIM e aspectos relacionados à integração dos projetos de arquitetura e estruturas. Utiliza-se de técnicas de coleta de observação direta em ateliê, da aplicação de questionários com alunos, entrevistas com professores, analisados por um método misto, qualitativo e quantitativo. Na UFRN, o âmbito do Ateliê Integrado como disciplina obrigatória no currículo, favorece a integração das disciplinas aqui estudadas, pois possibilita professores de diferentes disciplinas como consultores. Normalmente, a dificuldade é de sincronia entre os mesmos. Com relação ao uso de BIM forma usuários iniciais, modeladores BIM, capazes de extrair quantitativos automaticamente e acelerar a produção, ganhando em qualidade nos produtos, entretanto aprender a ferramenta e projetar paralelamente causa algumas dificuldades. Na UFPB, a falta de disciplinas obrigatórias sobre BIM, gera falta de conhecimento e segurança na utilização da ferramenta e dos processos, pela maioria dos alunos. Desta forma percebe-se a necessidade de um esforço maior da escola para a adoção e formação de competências BIM. Verifica-se a necessidade de maior conceituação BIM em ambas, para que se favoreçam os processos BIM e consequente melhor utilização das ferramentas, evitando a desvalorização e desuso da tecnologia, limitando-a a uma ferramenta. Considera-se a inclusão de disciplinas específicas com competências BIM mais avançadas, a partir de parcerias com cursos de engenharia e a promoção de integrações transdisciplinares que favoreçam o intercambio de culturas diferentes desde a academia.