O PAPEL DA HEMODINÂMICA DO CÓRTEX PRÉ-FRONTAL, CONTROLE INIBITÓRIO E GORDURA CORPORAL NA TOLERÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO
Cérebro, Cognição, Estilo de Vida Sedentário, Fadiga e Obesidade.
A inatividade física está associada a vários problemas físicos, psicológicos e cognitivos. Por exemplo, a inatividade física parece comprometer o controle inibitório, reduzir a tolerância ao exercício e facilitar o ganho de peso. No entanto, os mecanismos pelos quais a inatividade física pode impactar o funcionamento cognitivo e fisiológico do organismo permanecem obscuros. Uma hipótese é que longos períodos de inatividade física podem prejudicar a função do córtex pré-frontal (CPF), prejudicando a capacidade de inibir comportamentos padrão e, portanto, reduzir a tolerância ao exercício. Dois estudos foram conduzidos com os objetivos de (1) compreender a relação entre a hemodinâmica do CPF, controle inibitório e tolerância ao exercício em indivíduos sedentários com sobrepeso ou obesidade e, (2) verificar se o custo-benefício da função do CPF e o controle cognitivo inibitório podem mediar a relação entre a gordura corporal e a tolerância ao exercício. No estudo 1, nossos resultados indicam que o desempenho de resistência variou com a oxigenação CPF. Também descobrimos que o controle inibitório desempenhou um papel fundamental na mediação da relação entre a oxigenação CPF e o desempenho no exercício, sugerindo que a capacidade de inibir tem um impacto no comportamento do exercício. Argumentamos que os mecanismos psicofisiológicos subjacentes à relação entre a hemodinâmica cerebral e a tolerância ao exercício em indivíduos com sobrepeso ou obesos podem ser conduzidos, em parte, pelo controle inibitório. Enquanto no estudo 2, encontramos que uma melhor relação custo-benefício do CPF e controle inibitório podem contribuir para a regulação da tolerância ao exercício em indivíduos sedentários e com sobrepeso. Assim, esses estudos trazem uma compreensão adicional entre a interação corpo-mente-cérebro durante o exercício físico, e esse fato pode ser importante para compreender as contingências do comportamento sedentário e da intolerância ao exercício.